Como prevenir problemas na rede elétrica durante as chuvas de verão?
Com a chegada do verão as chuvas se intensificam e é necessário se atentar para que sua casa ou comércio estejam preparados para esse período. Quedas de árvores, alagamentos e a grande incidência de raios, além de oferecerem grandes riscos para quem está na rua, podem gerar problemas também dentro de casa, pois causam impactos diretamente na rede elétrica.
De acordo com o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), vinculado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), houve incidência de 29.9 milhões de raios no Brasil durante o verão de 2018/2019. Só na cidade de São Paulo, a Defesa Civil registrou mais 3.000 ocorrências de quedas de árvores durante os temporais, o equivalente a 2 por hora e que muitas vezes causam o rompimento dos cabos de energia.
Assim, mesmo quando esses fenômenos não atingem diretamente a residência, a descarga pode ser conduzida pela rede de distribuição de energia e de telecomunicações e causar prejuízos como a queima de aparelhos eletroeletrônicos ou a fuga de corrente, que gera choques elétricos.
Esses problemas poderiam ser facilmente prevenidos, mas muitas vezes ocorrem devido a instalações mal dimensionadas, ou seja, “gambiarras” geralmente executadas pelo próprio proprietário do imóvel ou profissionais sem qualificação, que pela falta de conhecimento, ainda enxergam os dispositivos de segurança como empecilho nas instalações elétricas. O que resulta na escolha incorreta e insuficiente dos materiais.
A exemplo do DPS, essencial nas instalações, ele funciona para detectar surtos na rede elétrica e, ao identificar, desvia o excedente para o sistema de aterramento, evitando que o surto danifique os aparelhos eletrônicos.
Por isso sempre afirmo que é imprescindível que toda instalação seja planejada e executada por profissionais eletricistas e engenheiros eletricistas capacitados e cientes das especificidades da norma ABNT NBR 5410, que regula as instalações elétricas de baixa tensão, assim como é necessário fortificar a divulgação de informações sobre o tema, para conscientizar e engajar a sociedade acerca dos perigos de uma instalação mal executada.
Outra recomendação é estar atento à vida útil do DPS para que o equipamento funcione corretamente. A verificação dos dispositivos da Steck, por exemplo, é feita por meio de bandeirolas, onde a cor verde indica ‘estado normal de uso’ e a vermelha ‘final de sua vida útil’, sinalizando a necessidade de substituí-lo.
Além dessas medidas, para garantir a segurança completa nas instalações, é interessante formar o que chamamos na Steck de “trio da proteção”, utilizando além do DPS e disjuntor, o DR, que tem como função principal a proteção contra as correntes elétricas ocasionais (fuga de corrente) que podem passar pelo corpo humano em caso de contatos diretos ou indiretos, causando choques nas pessoas, que podem levar a consequências graves de saúde.
Escrito por Ricardo Martuchi, especialista em produtos da Steck