Siemens investe em energia solar

A Siemens amplia a presença no segmento de energia solar com a aquisição minoritária de 49% da Brasol Participações e Empreendimentos S.A, uma empresa de geração distribuída. O investimento feito pela área de Private Equity da Siemens Financial Services figura entre os maiores de capital estrangeiro no setor de energia solar distribuída no Brasil.

Créditos: Shutterstock

A Brasol é formada por executivos com experiência internacional em geração solar nos mercados da Europa, Ásia e América do Norte e se destaca por aplicar as melhores práticas globais na engenharia, no desenvolvimento e na execução dos projetos.

Na parceria com a Brasol, os clientes terão mais economia por meio de ferramentas e serviços digitais da Siemens através do MindSphere – sistema operacional baseado em Internet das Coisas (IoT), que permite conectar máquinas e infraestruturas físicas ao mundo digital. Além disso, os clientes também terão à sua disposição um leque de soluções em energia, incluindo eficiência energética.

“A descentralização da geração elétrica é uma tendência global e o futuro do setor será cada vez mais focado na inteligência de dados para reduzir custos e mitigar riscos. Enxergamos potencial para identificar eficiências e gerar novas economias para os clientes na enorme quantidade de dados gerados”, afirma David Taff, diretor de investimentos no Brasil da Siemens Financial Services.

Em seu modelo de operações, a Brasol oferece aos clientes energia solar como um serviço e fica responsável pela aquisição e instalação das placas solares, assim como o gerenciamento do sistema. A proposta é de economia imediata e o cliente não precisa fazer nenhum desembolso na compra ou operação do sistema. O serviço é destinado a grandes consumidores de energia, como indústrias, redes varejistas e centros de distribuição que procuram fontes mais baratas, eficientes e sustentáveis da geração de energia. 

A procura crescente por energia renovável próxima ou no local de consumo e a democratização do custo tornaram a energia solar distribuída protagonista da expansão da oferta de eletricidade no Brasil. Apesar do impacto da COVID-19, o setor de geração distribuída já atingiu 3 gigawatts (GW) neste ano, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e a expectativa é que o setor cresça entre cinco e 10 vezes na próxima década. “Trata-se de uma oportunidade sem precedentes para as empresas assumirem o controle de sua própria energia através da autogeração confiável, econômica e sustentável”, diz Ty Eldridge, sócio-fundador e CEO da Brasol. Essa é a segunda aquisição no Brasil da Siemens Financial Services voltada para a oferta de energia como serviço em cerca de um ano. Em agosto do ano passado, a companhia anunciou investimento numa empresa que disponibiliza baterias de armazenamento de energia a partir de contratos de performance.

3 thoughts on “Siemens investe em energia solar

  • 04/11/2020 em 12:43
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    E muito bom acompanhar um crescimento de um canal de tanta importância como o canal Portal potência.

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    • 06/11/2020 em 17:02
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      É muito bom ler esse comentário, muito obrigado Georgino!

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  • 04/11/2020 em 07:09
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    Os grandes players já perceberam que investir em geração fotovoltaica representa um negócio cuja expansão é sem retorno e devido às inovações galopantes que vêm acontecendo no setor com referência aos painéis; inversores; baterias para sistemas off-grid e até nos cabos e fios específicos para CC e exposto ao sol, o payback também está experimentando uma queda bastante interessante. Como todos sabemos, os clientes têm convencionamente duas principais opções; ou fica cativo de uma concessionária ou vai para o mercado livre, sujeito aos riscos que essa alternativa oferece pela flutuação do preço e da oferta da fonte primária constante do contrato. Mas, com advento da geração solar, o panorama vem mudando de forma célere devido à sua atratividade, podendo ser um autoprodutor e/ou ser um compartilhador com a concessionária. Muito embora sejamos um país privilegiado pela matriz energética, há os famigerados tributos que no nosso ambiente em comparação com o mundo é escorchante. Vejam o que acontece com o ICMS dos Estados da Federação! Como é um imposto que mexe com os seus caixas, jamais soferá grandes mudanças para o consumidor final. Além do que as barreiras políticas são intransponíveis. Muito embora existe entre as unidades da Federação um ambiente de quase autofagia no que tange aos tributos. Atualmente a capacidade instalada tem no residencial o maior contriubuidor mas, com a entrada desses gigantes pode ser que o quadro mundo a médio ou longo prazos. Enfim a geração solar exigirá das concessionárias de energia elétrica enormes desafios para manter o consumidor cativo, tanto no preço do MWh quanto na qualidade, segurança e continuidade do fornecimento. A natureza e as gerações futuras ficaram muito gratas! Engenheiro e Professor.

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