Banco de capacitores, essencial na indústria
O consumo de energia elétrica dentro de uma indústria representa um de seus maiores gastos fixos. E o problema pode ser ampliado caso não haja equipamentos específicos que permitam a gestão do consumo elétrico de forma otimizada, evitando, inclusive, multas por uso em excesso de energia.
Essa é a razão da necessidade de um banco de capacitor dentro de uma indústria. Cada vez mais fundamental, esse tipo de painel elétrico tem a função de corrigir o fator de potência e possíveis oscilações elétricas nos equipamentos. Os equipamentos ligados ao banco de capacitor operam de forma otimizada, garantindo um consumo ajustado e evitando sobrecarga de sistema.
Como funcionam os gastos energéticos em uma empresa
Os equipamentos e maquinários de uma indústria consomem dois tipos de energia: a ativa, que é responsável pelo “trabalho” da máquina, ou seja, a energia que é consumida durante o funcionamento e execução de uma tarefa, e a reativa, que produz os fluxos magnéticos que um motor indutivo precisa, uma energia para manter o equipamento “on”.
O excesso de energia reativa em um equipamento pode gerar aquecimento e queda de tensão, ocasionando acidentes. Além disso, as concessionárias de energia podem aplicar multas para a indústria que exceder o limite de consumo de energia reativa.
De acordo com a Normativa Nº 414, da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), consumidores do grupo A (industriais e comerciais) serão autuados caso o fator de potência esteja abaixo de 92%. O fator de potência é calculado na relação entre energia ativa e energia passiva, sendo que, quanto menor a porcentagem, maior é o consumo de energia reativa no sistema em questão (inversamente proporcional). Resumindo, a máquina deve consumir muita energia ativa e pouquíssima energia reativa.
“Muitas empresas pagam a mais na conta de energia elétrica sem precisar. É como pagar por um chopp com muita espuma. Eu explico: todas as máquinas em uma indústria consomem dois tipos de energia: a ativa e a reativa. A energia ativa produz trabalho e a reativa não, mas esta última também é importante, pois cria o fluxo magnético nos equipamentos. O ideal é que a energia reativa seja a menor possível, como a espuma em um chopp. Nas vezes em que se registra energia reativa muita alta, ocorrem multas. Os bancos de capacitores corrigem esta falha, eliminam multas e trazem eficiência”, diz o engenheiro eletricista Fábio Amaral, CEO da Engerey Painéis Elétricos, empresa que fornece banco de capacitores para a indústria e comércio há quase 20 anos.
O especialista afirma, ainda, que a multa aplicada pelo excesso de energia reativa pode chegar até 30% da conta de energia, ou seja, em uma conta de R$ 10.000,00 a multa pode chegar a R$ 3.000,00.
Solução com bancos de capacitores
Com a instalação de um banco de capacitor, o baixo fator de potência oriundo do alto consumo de energia reativa é normalizado aos níveis exigidos pelos padrões.
Existem duas possibilidades: a instalação por grupos de cargas, em um setor com diversas máquinas e correção de fator de potência coletivo, ou localizado, anexo ao equipamento que precisa ser otimizado. Em uma visão técnica, a última solução é a melhor escolha.
Funciona assim: uma equipe técnica visita a planta onde as máquinas estão instaladas e gera um relatório de consumo energético, com medições da real necessidade capacitiva da empresa. Após a análise, é feito um relatório sobre como o banco de capacitores deve atuar no sistema elétrico do empreendimento.
“Esse é um equipamento primordial para a indústria. É importante que esses painéis elétricos sejam certificados e atendam minuciosamente todas as normas necessárias. Isso certamente vai garantir um consumo de energia eficiente, e claro, uma boa economia na conta de luz”, ressalta Fábio Amaral, complementando que é necessário que estes produtos – ao serem montados – sejam corretamente dimensionados e utilizem componentes específicos, como contatores próprios para capacitores e disjuntores caixa moldada, a fim de garantir a segurança da instalação.