Guia orienta processo de adoção de fontes alternativas
O uso combinado de fontes alternativas de energia com medidas de eficiência energética permite uma redução significativa dos custos para a indústria. Para apoiar consultores e gestores nesse desafio, o Programa PotencializEE está lançando o Guia de Fontes Alternativas de Energia, que apresenta os tipos de fontes renováveis disponíveis no mercado e sugere critérios para que as indústrias as implementem em suas operações. A publicação é gratuita e está disponível para download no site do programa.
Segundo dados do Balanço Energético de 2021 do Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil destaca-se, no cenário mundial pela utilização de fontes renováveis, sendo 45,2% em fontes primárias e 84,8% na geração de eletricidade — compostas por hídrica (65,2%), biomassa (9,1%), eólica (8,8%) e a solar (1,7%). Mas, apesar de o país apresentar uma matriz energética diversificada, ainda aparece entre as sete nações que mais emitem carbono.
“A escolha correta da fonte de energia alternativa é fundamental para o sucesso de um projeto de eficiência energética. Os dois conceitos são complementares e, ambos reduzem os impactos no meio ambiente, que é o principal objetivo do nosso programa”, afirma Marco Schiewe, diretor do PotencializEE, uma iniciativa de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, liderada no Brasil pelo Ministério de Minas e Energia (MME) com coordenação da GIZ, Agência Alemã de Cooperação Internacional.
As fontes alternativas mais utilizadas na indústria são a biomassa vegetal e residual, energia solar térmica e calor residual de processos. Na indústria de alimentos e agropecuária é comum a instalação de biodigestores de matéria orgânica para produção de biogás, que pode atender tanto às demandas de energia elétrica quanto térmica dos processos. O retorno do investimento fica, em média, no curto prazo e ainda faz com que a empresa não esteja mais sensível à volatilidade dos preços da eletricidade e combustíveis.
O Guia oferecido pelo PotencializEE é um manual de como uma pequena ou média indústria pode aumentar os resultados energéticos com a correta escolha da fonte alternativa. Ele apresenta orientações técnicas para aceleração da eficiência energética em indústrias no Brasil. Até o fim de 2024, o programa estima que as PMEs cadastradas devem deixar de lançar na atmosfera 1,1 milhão de toneladas equivalentes de CO2 e proporcionem uma redução de 7,267 Gigawatts/hora no consumo de energia.
Trata-se da terceira de uma série de publicações que estão sendo produzidas pela equipe do programa para disseminar e sensibilizar os diversos segmentos industriais em relação aos benefícios da eficiência energética, as especificidades das tecnologias e contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa no Brasil. Já foram lançados os seguintes guias: Múltiplos Benefícios da Eficiência Energética na Indústria e Sistemas de Recuperação de Calor Residual, ambos disponíveis gratuitamente no site.
Pelos dados coletados e publicados pela Aneel o setor residencial é o que mais se engajou na adoção da energia solar, por incrível que parece. Certamente um dos motivos é que o residencial cativo subsidia os outros dois setores, o comercial e o industrial. A queda de custo desse segmento é célere e os benefícios para o meio ambiente são insofismáveis. Cada vez mais as Concessionárias precisam adotar medidas para mantê-los cativos devido ao preço, qualidade e segurança da energia renovável. O segmento que começa a ter expansão e disseminação é a do sistema híbrido devido as inovações da tecnologia dos inversores e a uma intensa pesquisa, mundial, para as baterias. As quânticas são um promissor exemplo.