Benefícios da aplicação de placas fotovoltaicas
Em 7 de janeiro deste ano foi sancionada a Lei 14.300, conhecida como Marco Legal da Energia Solar. O texto trouxe algumas importantes mudanças para o setor, como a maior segurança jurídica dos diferentes sistemas regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de algumas possibilidades para os consumidores, como a divisão de energia gerada nas unidades consumidoras através de prioridade, a transferência de créditos para outras unidades com a mesma titularidade e a compensação de créditos produzidos em meses de menor produção de energia.
Em contrapartida, os consumidores que desejam colocar placas fotovoltaicas em suas residências após o dia 06 de janeiro de 2023 passarão a pagar componentes tarifários para injeção da energia produzida na rede da concessionária, até então livre de cobrança. Desse modo, para aproveitar o período de vacância da lei, que é de um ano, investir na geração própria dessa fonte renovável em 2022 representa uma oportunidade para os consumidores reduzirem os custos com a conta de luz e ficarem isentos da tarifa até 2045, ano que cessa o benefício.
Aqueles que não conseguirem se planejar para o investimento neste ano também não sairão perdendo, afinal, a tendência das tarifas de energia no Brasil é só aumentar e a energia renovável continuará sendo uma ótima opção com retorno rápido e baixo custo de manutenção. Conforme dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o país apresenta a segunda conta de luz mais cara do mundo, atrás apenas da Colômbia. Com alta de 47% nos últimos cinco anos, gastos com energia elétrica comprometem, em média, 25% do orçamento familiar.
Tendo isso em vista, Lucas Cruz, CEO da CRUZE, startup pioneira de energia solar no Piauí, cita cinco vantagens da aplicação de placas fotovoltaicas na residência.
Redução do valor da conta de luz
Uma grande vantagem da energia solar é a diferença que a sua utilização gera no bolso. Uma vez que a luz solar é uma fonte gratuita e inesgotável, a redução no valor da conta é de até 95% e imediato. Além disso, quem tem esses sistemas instalados conseguem produzir 100% da energia que consome.
Rápido retorno do investimento
O retorno do investimento em energia solar ocorre, em média, entre 3 e 7 anos. Considerando que os equipamentos têm uma vida útil de aproximadamente 25 anos, sobram ainda pelo menos 18 anos para geração própria com investimento já pago, o que representa um custo-benefício bem satisfatório.
Baixa necessidade de manutenção
As placas fotovoltaicas requerem mínima manutenção, bastando a limpeza, e a fiscalização do sistema solar. Por serem sistemas de tecnologia simples, os cuidados para manter o bom funcionamento são mínimos e de valores pouco significativos. Os equipamentos possuem vida útil longa e são fabricados para funcionar de forma contínua.
Energia sustentável
Quando investimentos em energia solar, estamos investindo numa fonte completamente limpa, sustentável e renovável. É uma grande aliada na redução da mudança climática, pois não polui o meio ambiente tal como a termoelétrica com a liberação de dióxido de carbono, por exemplo. O seu impacto é quase inexistente, sendo a geração própria uma ótima medida para os consumidores que, além de economizar com o boleto, desejam contribuir positivamente para a preservação do ecossistema.
Cada vez mais acessível
O investimento inicial para instalação das placas fotovoltaicas ainda pode representar um obstáculo para implementação do projeto. Entretanto, esse valor tem variado muito e se tornado cada vez mais acessível, com várias opções de financiamento, inclusive. Gerar a própria energia, aos poucos, vai deixando de ser um privilégio de alguns e passa a ser uma realidade cada vez mais comum aos brasileiros. Com isso, a ideia de que ter um sistema de energia solar em casa economicamente inviável vai deixando de existir e abrindo espaço para democratização dessa fonte inesgotável.
Com a taxação do sol a vantagem da energia solar cairá um pouco, mas ainda será a melhor alternativa, sem dúvidas.
Quanto ao financiamento do sistema para uso doméstico, será preciso haver subsídio devido ao alto custo do equipamento.