Energia solar compartilhada
Você já ouviu falar no termo “energia compartilhada”? Ainda com cara de novidade em território nacional mas ampliando seu alcance entre os consumidores, a energia solar compartilhada traz diversas vantagens em relação ao consumo tradicional de energia – além de impactar positivamente no valor da conta de luz.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em 2021, mostrou que oito em cada dez brasileiros consideram alto ou muito alto o preço da energia elétrica no país. A constatação foi realizada por meio do estudo “Opinião do Brasileiro sobre Setor Elétrico”, que ouviu mais de duas mil pessoas de 130 municípios.
Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros desejam poder escolher a empresa fornecedora de energia. De cada 10 entrevistados, sete afirmaram que trocariam o atual fornecedor de energia elétrica caso a medida de livre escolha fosse implantada, e 19% acreditam que o principal motivo dos preços elevados consiste na falta de concorrência no mercado ou na impossibilidade de se escolher a empresa fornecedora.
Por conta das resoluções normativas (ANEEL 482/2012 e 687/2015) e novas leis (14300/2022), o mercado de energia abriu a oportunidade para que empresas de tecnologia possam conectar fazendas solares e eólicas diretamente a residências ou empresas, utilizando a própria rede de distribuição das concessionárias existentes.
“Tanto o consumidor residencial quanto o empresarial podem se beneficiar com a energia solar compartilhada. Além de reduzir os impactos no meio ambiente e nas mudanças climáticas, a tecnologia promove uma redução na conta de luz todos os meses, beneficiando o consumidor brasileiro”, explica o CEO da Juntos Energia, José Otávio Bustamante. A startup mineira é a primeira do país a conseguir conectar usinas às redes das concessionárias lançando o modelo de energia compartilhada.
Quer entender melhor? Reunimos abaixo 5 coisas que você precisa saber para conhecer mais sobre a energia solar compartilhada.
1) Não há necessidade de instalar placas solares na sua casa ou negócio
A energia é fornecida por meio da rede elétrica da distribuidora que atende sua região, sem necessidade de instalar nenhum equipamento adicional. “É crucial democratizar o acesso à energia limpa e barata, e para isso é preciso tornar o processo mais fácil para o consumidor”, explica Bustamante.
2) Não é preciso mudar de concessionária de energia
O consumidor não precisa mudar de concessionária ou distribuidora. O que muda é o valor pago na conta final, que é mais barata, e o abastecimento da matriz da concessionária, que recebe energia mais limpa e sustentável.
3) A migração muda o fornecimento de energia elétrica para energias 100% renováveis
Ao contratar o serviço de energia limpa compartilhada, o consumidor passa a receber energia 100% renovável, como energia solar, eólica, biomassa entre outras, diretamente de fazendas solares para a sua residência/empresa. O cadastro é realizado e a concessionária é comunicada sobre a adesão.
4) É possível gerar uma economia considerável na conta de luz
Segundo Bustamante, a economia é garantida em cima do valor da energia gerada pelas usinas. “Importante ressaltar que não há desconto em cima de impostos e taxas da conta de luz ou valor mínimo que são cobrados pela concessionária. Mas o consumidor consegue perceber que a parte mais cara da sua conta de luz é justamente a energia gerada. Logo, vai ter um grande desconto, podendo economizar o valor de mais de uma conta de luz por ano”.
5) A energia solar compartilhada é confiável
A energia é enviada da fazenda solar para a concessionária, que fará a conversão desse crédito para o consumidor, que continuará recebendo energia com o mesmo padrão que recebia anteriormente. A diferença é que a origem dessa energia é limpa, sustentável e mais barata.
O Brasil tem a segunda conta de luz mais cara do mundo.
Esse fato é mais do que suficiente para que as pessoas busquem fontes alternativas de energia.
Aqui realmente tem muito pouca alternativa para o consumidor migrar para um gerador de energia elétrica de modo que possa se proteger da chamada inflação elétrica que sempre é muito oneroso. Permita-me aduzir que um dos maiores fatores que contribui para esse custo é o ICMS que será uma luta hercúlea, visto que são responsáveis por grande parte da arrecadação desses entes federativos. Isso envolve uma tramitação difícil pelo Congresso Nacional. A resolução 482 já contempla também a possibilidade de consumo remoto desde que seja de mesmo CPF/CNPJ e de mesma área da Concessionária. Isso já de amplo conhecimento. Um fator importante é quanto à qualidade de energia gerada e que será demandada pelo consumidor. Creio que as Concessionárias terão que ter extremo rigor quanto a isso. No que tange às fazendas solares tenho um questionamento. Não podemos trocar terras produtivas, indiscriminadamente, para gerar energia. É uma decisão sob a égide do bom senso.