A contribuição da Energia Solar Térmica
A produção brasileira de aquecedores solares em 2022 somou 1,78 milhão de metros quadrados. Apesar do decréscimo de -2,1% em relação a 2021, segundo dados da Pesquisa de Produção e Vendas de Sistemas de Aquecimento Solar 2023 (base 2022), realizada pela ABRASOL — Associação Brasileira de Energia Solar Térmica, a energia solar térmica contribui para que o país evite anualmente a emissão de mais de 4,5 milhões de toneladas de CO₂. “No acumulado dos últimos 25 anos, atingimos 22,8 milhões de metros quadrados de aquecedores instalados no país”, ressalta Luiz Antonio dos Santos Pinto, presidente da entidade.
Segundo ele, os principais fatores que contribuíram para esse o decréscimo foram o cenário econômico preocupante no Brasil e no mundo; a insegurança dos brasileiros em relação aos investimentos em um ano de eleições federais e estaduais; e as políticas públicas que eram esperadas, mas não se concretizaram em 2022.
Apesar disso, a expectativa para 2023 é de um aumento de 16%. “Devem contribuir para esse crescimento a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, com a inclusão de aquecedores solares no projeto; o aumento das obras da construção civil; e programas nas esferas federais, estaduais e municipais de políticas públicas de fomento ao uso da Energia Solar Térmica, que devem ter início neste ano e terem continuidade nos próximos”, explica o presidente da ABRASOL.
Quanto aos reservatórios térmicos que compõem os aquecedores solares, foram comercializadas 201.398 unidades, sendo os de baixa pressão equivalentes a 67% do total, com 132.782 unidades; e os de alta pressão equivalentes a 33%, com um total de 68.093 unidades vendidas.
Comportamento do mercado
Em termos regionais, o Sudeste continua na liderança com 53% das vendas, seguido do Sul com 23%. Nordeste e Norte representaram 7% e 3% respectivamente. O maior crescimento na comparação com 2021 registrou-se no Centro-Oeste, com 14% das vendas. Com relação à distribuição das vendas nos segmentos de mercado, o setor mais significativo continua sendo o residencial com 73%, seguido pelo comercial/serviços com 19%. Já o setor industrial representou 6% e os projetos sociais ficaram com percentual equivalente a 2%. O setor de energia solar mantém, atualmente, cerca de 50 mil postos de trabalho no país.