Segundo dados da Abracopel e do Sindicel, o furto de infraestruturas de operação no Brasil causou um prejuízo direto de R$ 26 milhões em 2024. A questão acompanha o crescimento da geração eólica no país, um setor promissor, mas que enfrenta sérias ameaças decorrentes de furtos e atos de vandalismo. Essas ações comprometem a operação dos parques eólicos, colocando em risco investimentos, a segurança das instalações e a continuidade do fornecimento de energia para milhões de consumidores. Os impactos vão além das perdas financeiras imediatas: em 2023, no Rio Grande do Norte, o furto de 550 metros de cabos em um parque eólico deixou centenas de residências sem energia.
Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) também apontam que os atos de vandalismo em torres de energia atingiram o maior nível dos últimos cinco anos, com 12 desligamentos registrados. Essas falhas causam atrasos no atendimento à demanda energética, prejudicando a confiabilidade do sistema elétrico nacional e a reputação das empresas do setor. A situação é agravada pela localização remota das instalações, o que dificulta a proteção e reforça a necessidade de soluções tecnológicas avançadas para garantir a segurança dos ativos estratégicos. Para especialistas, investir em tecnologia é a medida mais eficaz para reduzir riscos e otimizar a segurança.
Rafael Paz (foto), diretor de Inovação da Briskcom, empresa fundada em 2003, provedora de soluções de conectividade via satélite para negócios em locais remotos e especializada em projetos complexos para ambientes de missão crítica, sobretudo no setor de energia, destaca: “Apesar do custo inicial ser maior do que soluções tradicionais como a vigilância presencial, a tecnologia traz redução significativa dos custos operacionais e de manutenção, além de ganhos em eficiência, agilidade e controle operacional, essenciais para proteger os ativos e garantir a continuidade do fornecimento de energia”, afirma.

Diretor de Inovação da Briskcom