Desenvolvimento Sustentável

 

Itaipu PlataformaA Itaipu Binacional, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançou no final de novembro, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a Plataforma Oeste 2030, um software que vai compilar 67 indicadores ambientais e fazer o monitoramento do progresso dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região Oeste do Paraná.

De acordo com a coordenadora de Desenvolvimento Humano do PNUD, Samantha Salve, esta é a primeira plataforma das Nações Unidas feita para acompanhar os ODS em nível municipal. “É uma iniciativa inédita do PNUD e única do mundo”, afirmou. Segundo ela, o uso do software vai ajudar a melhorar os indicadores e facilitar o acesso às informações para gestores e para a população.

Para o diretor de Coordenação da Itaipu, Newton Kaminski, que representou a binacional na solenidade, as informações reunidas na plataforma vão ajudar Itaipu a potencializar suas ações para atingir as metas dos ODS. “Para desenvolver o território é preciso conhecer o território”, resumiu. “Vamos aperfeiçoar cada vez mais as atividades e entender quais projetos precisamos melhorar”.

Segundo Kaminski, outro benefício da ferramenta é sua possibilidade de ser replicada para outras regiões do Paraná e do Brasil. Já está em teste o uso da plataforma em 110 municípios de 14 estados onde a Petrobras atua, além de outras cidades no Piauí.

“Uma empresa que quer fazer um investimento precisa contratar uma série de estudos. E isso é bastante caro. Agora temos esta plataforma com uma riqueza enorme de dados. Com certeza usaremos para o desenvolvimento da região”, afirmou o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Danilo Vendrusculo.

A criação da Plataforma Oeste 2030 tem origem no Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, que também tinha como base os indicadores socioambientais para medir e evolução do IDH no País. Em 2015, quando o Brasil assumiu o compromisso global de alcançar o desenvolvimento sustentável por meio da Agenda 2030, as ações começaram a se voltar para o monitoramento dos ODS.

“Em 2016, a Itaipu nos procurou para desenvolver uma nova plataforma que localize a evolução dos ODS nos municípios”, explica Samantha. Segundo ela, este trabalho se desenvolve em três linhas de ação: diálogo com a população, avaliação e monitoramento e formação dos agentes locais. “Conversamos com 2.574 pessoas que ajudaram a levantar as principais demandas socioambientais da região”.

A plataforma se baseia em indicadores oficiais, cobrindo cada um dos 17 ODS. Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, mostram a evolução do ODS 3, sobre saúde e bem-estar. As informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) apontam o andamento do ODS 4, sobre educação. E assim por diante.

“Tomamos como base indicadores oficiais já existentes, dos níveis federal, estadual e municipal”, completa Samantha. “O uso constante da ferramenta também vai melhorar a coleta dos dados”. Para ela, além de ajudar nas políticas públicas municipais, a plataforma vai democratizar o acesso a estas informações pela população.

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