Procobre atualiza guia de gestão de ativos

MARISA ZAMPOLLI | DIVULGAÇÃO

A administração usual do ciclo de vida dos ativos em uma empresa sempre contou com o apelo econômico da redução de custos operacionais. A mudança na forma de gerir as organizações ganha agora um reforço extra ao se posicionar como estratégia de gestão que responde à preocupação mundial com o meio ambiente, a racionalidade no consumo e o ganho em eficiência energética. Sob essa perspectiva, o Guia de Gestão de Ativos elaborado em 2015 pelo Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), para orientar as organizações sobre a mudança na forma de gerir as empresas, passa a ter uma versão atualizada, 2019.

Os pontos-chave tratam das mudanças recentes da Norma ISO 55001, na atualização de conceitos e no aprofundamento de temas relacionados às questões práticas, bem-sucedidas, que podem ser replicadas na gestão de outras empresas para o equilíbrio de custos, riscos e desempenho.

Para a engenheira Marisa Zampolli, consultora do Procobre responsável pela elaboração do guia, essa nova era na administração contempla uma mudança cultural que quebra com práticas de operação tradicionais e traz o planejamento como uma força vigorosa para gerar maior valor ao negócio e alcançar vantagens competitivas no mercado. “O guia oferece orientações técnicas para quem busca, por meio de ativos que interferem nos sistemas produtivos – estoques, equipamentos, propriedades -, encontrar uma maneira mais organizada e eficiente de obter valor”, explica.

Os padrões relacionados na publicação são padrões internacionais de excelência de gestão e desempenho, capazes de influenciar o negócio como um todo e de envolver as diferentes áreas da empresa, de forma que cada uma reconheça sua importância e responsabilidade na execução de dada tarefa.

De acordo com Zampolli, empresas ativo-intensivas são especialmente beneficiadas com a diretriz que o guia oferece. Para as organizações que têm ativos físicos como base de operação, os procedimentos auxiliam no planejamento estratégico. “Ao invés de considerar apenas o período de aquisição e descarte de um ativo, compreende-se também a especificação de um novo ativo até as responsabilidades relacionadas ao término de seu uso”, nota a consultora do Procobre.

Quanto à política de renovação de ativos, também abordada no guia, a ideia é que a substituição não se limite aos ativos irremediavelmente danificados, levando em conta os custos operacionais e de manutenção, o risco de falha e de reputação da empresa – relacionado à confiabilidade e à segurança que as pessoas depositam no sistema, nos serviços ou produtos da organização -, entre outros.

Essa tomada de decisão que contempla a substituição antecipada de ativos deve ser feita, segundo a especialista, com cautela e com base em informações precisas sobre as condições dos ativos defasados, garantindo por meio de análises e diagnósticos o melhor retorno do capital investido e do desempenho operacional e o menor risco para a organização. “O planejamento de longo prazo, com planos de manutenção, reforma e renovação dos ativos e riscos envolvidos não podem ser negligenciados”, ressalta Zampolli.

O guia contém um passo a passo para que qualquer organização seja capaz de implantar as boas práticas na administração, dividindo-se em Passo 1: Planejar a gestão de ativos na empresa; Passo 2: Executar os objetivos da gestão de ativos; Passo 3: Gerenciar riscos; Passo 4: Verificação do sistema de gestão de ativos e; Passo 5: Melhoria contínua do sistema de gestão.

A publicação traz ainda estudos de casos do setor de energia, em especial do setor elétrico, em razão do protagonismo e do papel de vanguarda dessas empresas na gestão de ativos no país. O guia está disponível para download gratuito e pode ser acessado pelo link: https://www.procobre.org/pt/publicacion/guia-de-gestao-de-ativos-2019/

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