Entenda na prática como a energia solar pode reduzir a conta de luz em até 90%

De acordo com relatório da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a energia solar já ultrapassou a marca de 20% de participação na matriz elétrica brasileira, com mais de 48 GW de potência em operação, considerando tanto usinas de grande porte quanto sistemas de micro e minigeração distribuída. Com isso, a energia solar se consolida como a segunda maior fonte de energia no país, perdendo apenas para a geração hídrica. 

O levantamento também destaca que a matriz fotovoltaica experimentou um crescimento exponencial nos últimos anos, com uma expansão de mais de 40 vezes, tendo, inclusive, atraído investimentos superiores a R$ 59 bilhões somente em 2023.

Para Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol, maior ecossistema de energia solar do Brasil, o crescimento reflete a busca do brasileiro por uma opção de energia mais barata, confiável e sustentável em um cenário de constante aumento nos valores da conta de luz. “A opção solar permite a geração proprietária de energia, tanto por meio de grandes usinas, quanto pela própria residência e pequenos e médios comércios, de forma econômica e acessível, garantindo uma redução que pode chegar até 90% na conta de luz mensal do consumidor”, afirma. 

Como a energia solar gera economia

A economia proporcionada pela energia solar ocorre porque, com a instalação dos painéis fotovoltaicos, o abastecimento energético passa a ser feito por meio da captação dos raios solares durante o dia. Outro fator determinante é a possibilidade de gerar créditos a partir da energia sobressalente, ou seja, aquela que não foi utilizada durante o dia. Esse excedente gera eletricidade que pode ser enviada à rede elétrica, como uma “venda de energia proprietária”, sendo compensada em forma de desconto na fatura mensal. 

Vale ressaltar, que essa possibilidade só existe nos chamados “projetos on-grid”, em que as casas continuam conectadas à rede de distribuição energética, mesmo com a adoção da energia solar. A partir desta estratégia, que acaba sendo utilizada na maioria dos casos, o imóvel também segue sendo abastecido pela energia da rede, o que garante que o ambiente tenha energia mesmo quando o painel não está gerando, como por exemplo, à noite.

“Apesar de ainda existir uma cobrança mensal, ela representa somente 10% do que era gasto antes do uso da energia solar, uma vez que a maior parte dos valores cobrados são referentes às taxas obrigatórias, cobradas tanto para aqueles que têm o sistema solar, quanto para os que não têm”, explica Milani.

Essas taxações dizem respeito à cobertura de custo de disponibilidade (valor pago pelo fato de ter energia disponível a qualquer momento, sendo ela utilizada ou não), a taxa de iluminação pública e o recente “Fio B”, valor cobrado somente quando a residência injetar o excedente de energia na rede para obter descontos.

Energia financiada

Além disso, a expansão do mercado de energia fotovoltaica acaba por ser potencializada pelas melhores condições oferecidas pelas concessionárias e empresas responsáveis pelos equipamentos solares. Na visão do especialista, mesmo com o recente barateamento das tecnologias e equipamentos, o custo médio de um sistema fotovoltaico ainda é alto para a maioria dos consumidores brasileiros. Sendo assim, o financiamento surge como uma opção importante de contratação, ao ampliar o poder de compra do consumidor e permitir que a aquisição do sistema seja acessível, sem comprometer demasiadamente o orçamento familiar ou empresarial.

Ao contratar um financiamento fotovoltaico, existe a possibilidade de estruturar as parcelas de forma com que elas sejam equivalentes ao valor economizado na fatura. Ou seja, é quase que uma simples substituição da conta de energia elétrica por uma parcela de financiamento. Além disso, por conta da alta validade dos equipamentos, é possível aproveitar uma longa economia ao longo dos anos. “A média hoje do mercado são financiamentos de cinco anos para a aquisição de aparelhos que duram 25. Na prática, estamos falando de pelo menos duas décadas de economia direta no bolso do consumidor, que está trocando uma conta mensal infinita por uma finita”, conclui Luca.

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