Investimento em usinas fotovoltaicas
A responsabilidade ambiental traz consigo mudanças inevitáveis nos formatos de consumo dos brasileiros. Entre fatores do dia a dia como transporte, alimentação e moradia, a energia é um ponto de destaque para o avanço das tecnologias sustentáveis. Oferecendo uma nova forma de consumir energia, a AXS chega ao estado de São Paulo com um investimento de mais de R$ 200 milhões, equivalente à construção de 14 usinas fotovoltaicas.
Da quantidade total, seis unidades estão em processo de construção e uma unidade, a de Macatuba, já está conectada. Alysson Paolinelli, diretor de operações da AXS Energia, ressalta a importância da primeira usina no estado: “é uma das maiores usinas que temos no sistema. São dez hectares de terreno construídos, com 8.700 módulos solares. A capacidade de geração é de cerca de 8.9 GWh por ano, com energia suficiente para alocar aproximadamente 800 residências e estabelecimentos comerciais”.
O formato dispensa instalações, taxas de adesão ou qualquer tipo de investimento em equipamentos. A entrega da energia é feita por um plano de assinatura e a distribuição acontece pela própria concessionária responsável pela região. Paolinelli destaca a praticidade do processo para o consumidor, uma vez que os créditos gerados pela energia solar resultam em uma diminuição no preço pago pelo morador. “A partir do momento em que a usina está conectada, o cliente que realizar a assinatura, no mês seguinte, já tem 10% de desconto” explica.
Além da diminuição no valor da energia, o formato gera menor impacto ao meio ambiente por meio de fontes renováveis, como é o caso da energia solar. Vistos os benefícios, as vendas, que começaram três meses antes da conexão da usina, foram encerradas antes mesmo do lançamento.
A entrada em São Paulo
Para conectar uma nova fonte de energia ao sistema de distribuição, são necessárias as aprovações das concessionárias locais. “Neste momento, a AXS Energia já tem 109 terrenos com pareceres de acesso, dos quais 14 ficam no estado de São Paulo”, conta.
A escolha pela região partiu de diversos fatores como os níveis de consumo de energia no local e a renda per capita da população. “São Paulo é o segundo estado mais rico do país e que tem um consumo de energia muito alto. Quando aproximamos a geração de energia limpa e renovável do consumidor, certamente encontramos uma relação vantajosa”, observa Paolinelli.
O crescimento do mercado fotovoltaico
Por mais que a projeção geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o segundo semestre de 2023 aponte para índices favoráveis de energia armazenada, em 2021, o país passou pela pior crise hidrológica desde 1930. No papel de principal fonte de geração de energia no país, a eletricidade gerada por hidrelétricas conta com a instabilidade dos períodos de seca. Por isso, o investimento em novas fontes de energia cresce no setor como um meio complementar e mais estável.
A busca por alternativas que gerem o menor impacto possível no meio ambiente também é uma tendência que parte da conscientização da população. “O processo de construção de uma nova matriz energética limpa e renovável oferece à comunidade uma transformação valiosa. Esse movimento mostra que o Brasil está evoluindo em um caminho sem volta para ter uma matriz praticamente limpa no futuro”, conclui o especialista.