O LED como iluminação ideal para estádios de futebol
Por Rodrigo Travi*
Na década de 80, havia uma norma que determinava a quantidade de luminância para esportes, inclusive nos estádios de futebol. Atualmente cancelada, essa norma só é válida como referência, mas não é parâmetro, uma vez que não existia transmissão televisiva, portanto está totalmente defasada. O máximo que se exigia na época era 300 lux para uso profissional, já hoje, com as transmissões televisivas em HD/4k em alta qualidade de imagem, é exigido em média 2000 lux, que é absurdamente mais.
As referências utilizadas hoje são diretrizes das federações de futebol. Se a Federação Internacional de Futebol (FIFA), por exemplo, determina que os estádios que vão sediar os jogos da Copa do Mundo a serem transmitidos pela televisão precisam ter 2000 lux de luminância média, então é isso que se segue. Contudo, não há exigência específica, há federações que indicam sua necessidade, pois essa quantidade de lux é mais por conta da transmissão em TVs do que por conta do jogo em si.
Para se garantir homogeneidade e ao mesmo tempo alto nível de iluminação, tem-se que trabalhar com diversos ângulos de facho diferentes. Normalmente, trabalhamos com 19° e 56°, por conta das grandes distâncias dos postes para o gramado. Além da uniformidade e nível de iluminação, é muito importante um projeto bem feito do ponto de vista do ofuscamento. O nível de ofuscamento (Glare rating) deve ser baixo para evitar o desconforto dos jogadores e, também, para evitar problemas com a transmissão televisiva.
Além disso, é necessário se atentar à reprodução de cores (IRC) que, por norma, tem que estar acima de 80. Quanto mais perto do 100, mais real é a cor vista, levando em consideração que 100 corresponde ao Sol. A iluminação em LED oferece uma iluminação fidedigna ao que seria visto à luz solar justamente por conta desse índice, isto significa que quanto maior o IRC, melhor. Em comparação com uma lâmpada de vapor de sódio – aquelas amareladas – por exemplo, se vê uma cor que não é exatamente aquela cor, por conta do IRC dela ser muito baixo.
O uso de LED é indicado sempre quando se quer reduzir potência e pontos de calor. Em um shopping center, por exemplo, é muito indicado porque tem a central de ar condicionado e se você tem muitos pontos quentes – que é a iluminação – vai ser necessário gerar mais fluxo de ar condicionado para manter a temperatura. Se fosse utilizado o LED nessa iluminação, uma lâmpada que trabalharia a 80°C vai trabalhar emitindo menos temperatura para o ambiente e exigindo menos do ar condicionado, e, logo, diminuindo consumo.
Por outro lado, já para os estádios de futebol a questão é de potência e manutenção. As luminárias de LED têm durabilidade maior e necessitam de menos manutenção, além de serem mais fidedignas na reprodução da cor que as lâmpadas de comuns de vapor de sódio. Isso sem contar a economia média, que é de 60% em carga instalada, ou seja, é utilizada menor potência total das luminárias para atingir o mesmo resultado luminotécnico, em comparação a um projeto com outros tipos de lâmpadas.
Esse cálculo é feito a partir da comparação entre dois cenários iguais em que só muda o tipo de iluminação. A diminuição de carga instalada gera economias no consumo de energia, porém gera também economia nas instalações elétricas como cabos, transformadores, chaves seccionadoras, barramentos, etc. Como salientado, o investimento em LED é, sem dúvida, a melhor opção para os estádios de futebol, visto o benefício econômico e de longo prazo.
*Rodrigo Travi é CEO e diretor Comercial da LEDAX