Projeto elétrico de jardins e áreas externas
Além de valorizar a beleza do jardim durante a noite, a instalação de um sistema de iluminação também garante mais segurança para as demais áreas externas.
Mas, para que a iluminação tenha um bom desempenho e funcione corretamente é necessário fazer um projeto elétrico que vai dispor os locais que receberão os interruptores, os pontos de luz e as tomadas que podem ser usadas para a ligação de outros aparelhos elétricos.
“Além disso, o projeto elétrico dimensionará corretamente cada circuito, ou seja, definirá as cargas que serão alimentadas por cada um deles e determinará a seção nominal (“bitola”) dos condutores elétricos e quais disjuntores são os mais adequados”, explica o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor Técnico da IFC/COBRECOM.
Rosevaldo Toaliari, supervisor de Desenvolvimento de Produto da IFC/COBRECOM, ressalta que é fundamental contar com um engenheiro eletricista nesse momento, pois além do projeto ele especificará os materiais indicados para a instalação elétrica.
“Um dos principais erros que acontece quando não existe um projeto elétrico é na hora de comprar os materiais. O proprietário da obra, por ser leigo, acaba adquirindo produtos de baixa qualidade como os fios e cabos elétricos fora de norma e sem certificação, o que comprometerá a segurança e o correto funcionamento da rede elétrica”, afirma Toaliari.
Vale lembrar que quando o assunto são os jardins e as áreas externas, os cuidados devem ser redobrados, já que os componentes da área externa ficarão sob a ação do tempo.
“O dono do imóvel deve também estar atento não só com a quantidade de pontos de luz que irão iluminar a área externa e o jardim, como também com a instalação de tomadas externas, bombas para cisternas, ponto elétrico para a ligação do sistema de irrigação, entre outros”, alerta Moreno.
Confira outras recomendações da IFC/COBRECOM para o projeto elétrico do jardim e da área externa:
1) Para áreas externas, escolha sempre caixas de tomadas e luminárias específicas para uso ao tempo (uso externo), que são resistentes ao sol e à chuva. Caso contrário, com o passar do tempo, apresentarão problemas de rachaduras e infiltração de água e insetos, que resultarão em corrosão dos componentes, maus contatos e até mesmo curtos-circuitos;
2) Os eletrodutos enterrados devem evitar áreas onde há árvores ou plantas com grandes raízes, que com o tempo podem danificar a instalação elétrica;
3) Ao utilizar tubulações enterradas, escolha eletrodutos indicados para essa finalidade. Vale lembrar que eles devem estar enterrados com pelo menos 70 cm de profundidade em áreas de circulação apenas de pessoas, devendo aumentar para 1 metro para prevenir danos com a passagem de veículos;
4) Para instalações enterradas, devem ser utilizados cabos com cobertura, com tensão de isolamento 0,6/1 kV, preferencialmente dentro de eletrodutos ou canaletas;
5) Circuitos elétricos que atendem pontos situados em áreas externas (iluminação, tomadas, bombas etc.) devem obrigatoriamente contar com dispositivo DR, que deve ser instalado no quadro de distribuição; 6- Além do dispositivo DR, é obrigatório que os circuitos também tenham o condutor de proteção (“fio terra”).
Complementando deve se adotar luminária IP 55 pois as luminárias com lâmpadas utilizando soquetes ou abertas sofrem com a condensação de água interno à luminária.
Ótimo informativo…
Muito obrigado, Luiz! 👍
Bom dia.
Bons comentários e boas observações.
Muito obrigado, Roberto!