Presença de mulheres em cargos de liderança aumentou 13% nos últimos quatro anos
O desequilíbrio nos cargos de liderança nas empresas ainda é muito presente nas empresas no Brasil. Pesquisa da Grant Thornton, com base em dados de 2022, mostrou que a presença de mulheres em cargos de liderança passou de 25%, em 2019, para 38%, no ano passado.
A tendência demonstra que as empresas e grandes corporações têm mudado seu mindset e estão implementando ações concretas para reverter o cenário de desequilíbrio. Umas das empresas que têm aumentado os cargos de liderança bem acima da média é a Solarprime, líder em franquias de energia solar no Brasil.
De acordo com a direção da rede, o número de mulheres em cargos de liderança, em dois anos, aumentou cerca de 5 vezes, registrando um aumento de 500% na presença de mulheres em postos de chefia.
“Empresas do segmento de energia solar têm como cultura um público majoritariamente masculino, e creio que estamos na contramão dessa tendência, implementado ações concretas para mudar esse panorama. Atualmente, temos seis mulheres em cargos de liderança, sendo quatro da área técnica. A previsão é que esse número aumente e vai mostrar que estamos bem na contramão do mercado atual de energia solar, no que diz respeito à equidade de gênero”, afirma Raphael Brito, sócio e fundador da Solarprime.
Um levantamento da consultoria Greener aponta uma lacuna na presença feminina nas empresas de geração distribuída de energia solar, pois em 2020, 40% dos 685 players entrevistados sequer tinham uma funcionária do sexo feminino. Atualmente, a Solarprime, possui 131 funcionários, sendo 42% dos cargos ocupados por mulheres, com 32% em cargos mais técnicos.
“Acreditamos em uma sociedade igualitária e temos conquistado excelentes resultados com a presença feminina em cargos e posições estratégicas, o que demonstra que estamos no caminho coerente e que contribui com o nosso crescimento”, ressalta Brito.
Pensamento desconstruído
Segundo a gerente de Recursos Humanos da Solarprime, Mayara Dias Bouças, o aumento no número de lideranças femininas na Solarprime se deve ao pensamento desconstruído da diretoria da empresa. “O segmento de energia solar é majoritariamente ocupado por homens, principalmente, em cargos mais técnicos como, por exemplo, na engenharia. No entanto, na Solarprime esse cenário vem mudando e atualmente temos 32% dos cargos técnicos ocupados por mulheres. Isso prova que a diretoria analisa muito mais o perfil e capacidade técnica do que o sexo dos colaboradores”, enfatiza Mayara.
A coordenadora de Recursos Humanos, que começou na Solarprime como assessora jurídica, acredita que o caminho para o aumento da liderança feminina não é tarefa fácil. “Para chegarem à liderança e se manterem, as mulheres têm uma dupla barreira para enfrentar: uma é ser líder e mulher e a outra é que precisam, além de provarem sua competência, se impor mais para garantir sempre respeito e dignidade”, reforça Mayara.