Nos últimos anos, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica no Brasil cresceu mais de 50 vezes, passando de 1 gigawatt (GW) em 2017 para 50 GW no final de 2024. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o crescimento esperado para 2025 é de 25%. Nesse cenário de expansão, empresas como a Pro Energia se destacam.

Fundada há pouco mais de um ano pelo CEO Marcelo Maturano, a Pro Energia já expandiu sua atuação para três regiões do país: Sudeste, Sul e Nordeste. Em Teresópolis, a Pro Energia é responsável pela produção de 10% da energia limpa local. Esse número tende a crescer, já que Teresópolis foi o município da serra fluminense que mais instalou energia solar em 2024, à frente de Petrópolis e Nova Friburgo.
Para 2025, Marcelo planeja ampliar a atuação da Pro Energia para todas as regiões do país, com foco no mercado B2B. “Nossa meta é atingir um faturamento de R$1 milhão por mês até o final do ano, gerando uma economia média de 15% a 20% para os nossos clientes”, explica. Um dos objetivos principais, afirma Marcelo, é tornar os clientes 100% sustentáveis, com foco em reduzir custos e impactos ambientais.
A maioria dos clientes da Pro Energia é composta por pequenas e médias empresas (PMEs), principalmente comércios como restaurantes e padarias, com um consumo médio de R$ 10 mil a 15 mil por mês em cada unidade consumidora. Esses clientes não precisam investir na instalação do sistema fotovoltaico, pois os custos são cobertos pela Pro Energia. Além das PMEs, a Pro Energia também atende grandes empresas que possuem faturas no grupo B (baixa tensão), como a Concrelagos, que possui mais de 60 usinas de concreto espalhadas pelo Brasil.
Os benefícios do autoconsumo
Dentre as PMEs que optam pela energia fotovoltaica, um dos modelos de adesão que mais cresce é o de autoconsumo. Nesse sistema, a empresa instala painéis solares para gerar energia própria, que pode ser consumida localmente ou distribuída entre diferentes unidades consumidoras, resultando em uma economia média de 20%.
Essa redução de custos ocorre principalmente pela diminuição das contas de energia elétrica. Como a empresa passa a gerar sua própria energia, ela depende menos da rede pública e consegue diminuir as tarifas. “O modelo de autoconsumo propõe autonomia em relação às alterações nos preços da energia elétrica. Isso significa maior previsibilidade nos custos operacionais”, explica Maturano.
Além disso, a energia consumida no momento da geração não está sujeita à incidência da famosa “taxação do sol” (fio B) e do ICMS. Isso também reduz os encargos na fatura, tornando os custos operacionais menores para as empresas, e garante que fiquem imunes às variações das bandeiras tarifárias.
A adoção de energia fotovoltaica cresce junto à conscientização sobre a necessidade de práticas mais sustentáveis: o uso de energia solar fortalece a imagem de responsabilidade ambiental da empresa, que se torna mais atrativa para consumidores e investidores conscientes. Na Pro Energia, o interesse dos clientes pela certificação de créditos de carbono é crescente.