Startup de eletrificação de infraestrutura de carga chega ao Brasil
A Vehya – startup americana de eletrificação – elegeu o Brasil como umas das regiões mais promissoras para seu plano de expansão. Entre outros objetivos, a marca entende que sua atuação contribui para a sustentabilidade do País – ao preparar a infraestrutura de migração do modelo de carros a combustão para os veículos elétricos, diminuindo assim as emissões de CO2 – e fomenta a economia por meio da geração de empregos, formação da força de trabalho e captação de investimento.
A startup é uma plataforma que combina tecnologia e gestão de projetos para facilitar o processo de Eletrificação das Coisas (EoT) para proprietários de VE, concessionárias de carros, montadoras, empresas de serviços públicos de energia e fornecedores de serviços elétricos. A empresa atua com foco na instalação de produtos sustentáveis, como carregadores de automóveis elétricos, painéis solares e dispositivos de armazenamento de energia.
A adoção de veículos eletrificados no Brasil nos três primeiros meses de 2023 superou a média histórica e ratifica o movimento gradual visto em outros países que adotaram a eletromobilidade. No primeiro trimestre, a venda de elétricos representou 3,4% do total de vendas e estima-se que 135 mil veículos eletrificados leves já circulem no Brasil. Nessa mesma linha de crescimento, o ano de 2022 representou um aumento de 41% das vendas de modelos elétricos em comparação com o ano anterior. Os dados são da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).
Em um encontro para discutir o futuro da eletromobilidade no Brasil, realizado em 18 de abril, o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Maluf, e a gerente de Desenvolvimento de Negócios da América Latina da Vehya, Daniela Garcia, discutiram como a construção de parcerias público-privadas (PPP) podem apoiar a transição e tornarem o Brasil referência no mercado de eletromobilidade.
“Acreditamos muito no potencial do mercado de eletromobilidade no Brasil, gerando emprego, reduzindo a informalidade e conectando os principais líderes do setor. A Vehya quer contribuir para o desenvolvimento da força de trabalho que irá instalar a infraestrutura elétrica e manter o bom funcionamento do ecossistema de eletromobilidade por meio de serviços, em linha com a tendência da indústria da MaaS [sigla em inglês para Mobilidade como um Serviço]”, afirma Garcia.
Entre as apostas da Vehya está o aumento significativo pela demanda de mão de obra no setor elétrico e suas consequências: conforme aumenta a demanda por carros elétricos, fica mais clara a necessidade de prestadores de serviços capacitados para preparar a infraestrutura necessária e oferecer serviços subjacentes, como manutenção e atualização dos carregadores. Ao apoiar a certificação de profissionais por meio de sua plataforma, cuidando da cadeia de valor e assegurando preços competitivos na prestação de serviços elétricos em todo território nacional, a marca entende que isso ajudará os consumidores a adotarem de forma fácil os veículos elétricos em larga escala no futuro.
Por isso, a Vehya tem o plano de formar e certificar cem mil eletricistas no Brasil até 2035, capazes de instalar e reparar as estruturas que veículos elétricos exigem. Segundo a empresa, esse modelo já vem sendo implementado nos Estados Unidos, com grande adesão. Por meio de seu aplicativo, a Vehya é capaz de transformar pessoas comuns em técnicos certificados de serviço elétrico por meio de treinamento on-line, da mesma forma que o Uber transforma pessoas comuns em motoristas profissionais.
Para Maluf, iniciativas como essa preparam o País para um novo capítulo da mobilidade urbana. “O setor de transporte é um dos maiores emissores de poluentes locais e gases de efeito estufa. Ter o apoio de órgãos e empresas como a Vehya que gerem dados em tempo real sobre a adoção da eletromobilidade e outros modais mais limpos e que gerem informações e soluções para a sociedade sobre o tema apoia o poder público a tomar decisões mais assertivas e a preparar planos para apoiar políticas de sustentabilidade. Desenvolvimento econômico e sustentabilidade podem caminhar lado a lado, sendo essa uma prioridade para o atual governo”, finaliza o representante do Ministério.