Segurança elétrica

Itens essenciais nas instalações elétricas, dispositivos como DR, DPS e disjuntores apresentam bom volume de vendas no momento.

As vendas de dispositivos DR, DPS e Disjuntores passam por um bom momento e têm perspectivas positivas para o futuro. Tem crescido no mercado o uso dessas soluções, entretanto, os especialistas da área destacam que é preciso maior divulgação dos benefícios que esses produtos proporcionam para a segurança, bem como maior fiscalização, principalmente no caso produtos de uso obrigatório, como o DR.

De acordo com Ricardo da Rocha Brando (foto), gerente de Vendas de Construção Civil da WEG, as vendas de DR, DPS e disjuntores têm apresentado crescimento em 2021, dentro das previsões da companhia. Apesar do elevado déficit habitacional do país, o especialista entende que o mercado se manterá estável, bem abastecido pelos fabricantes já existentes. Reformas, ampliações e novas construções são os principais responsáveis pela venda desses produtos.

Para Brando, apesar de ter seu uso obrigatório nas instalações desde 1997, a aplicação de DR nas instalações ainda está longe de ser a ideal. “Certamente a ampla divulgação de sua importância, atrelada a campanhas de conscientização capitaneadas pelas entidades responsáveis pela fiscalização, faria com que o uso do DR pudesse salvar ainda mais vidas, limitando os acidentes por choque elétrico”, acredita.

Marcelo Gerhardt (foto), gerente Comercial Nacional da Soprano, conta que no primeiro quadrimestre de 2021 a empresa obteve um crescimento de mais de 100% no faturamento das linhas de DR, DPS e disjuntores, na comparação com o mesmo período de 2020. “Claro que a análise fica prejudicada devido ao fraco desempenho do mercado nos meses de março e abril do ano passado, mas de toda forma é um resultado muito expressivo, resultante também do nosso planejamento comercial, que possui como um de seus pilares a ampliação do mix de produtos em nossos principais clientes”, comenta.

A perspectiva da Soprano é de que as vendas desses produtos tenham um crescimento exponencial, pois a cada ano que passa, percebe-se uma maior preocupação com a proteção elétrica, tanto em novas obras quanto em reformas. “A proteção dos fios e cabos em uma instalação elétrica predial, promovida pelos disjuntores, já é usual no mercado brasileiro. Já a proteção das pessoas contra os choques elétricos, promovida pelo DR, e a proteção dos aparelhos eletroeletrônicos ligados à rede contra descargas atmosféricas (raios), promovida pelo DPS, ainda tem muito a crescer”, aponta Gerhardt.

De acordo com o executivo, tanto novas obras, quanto reformas ou ampliações que possuam um projeto elétrico bem elaborado e que em sua execução atendam aos requisitos da norma brasileira de Instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5410, acabam impulsionando uma maior comercialização desses produtos.

Indagado sobre que fatores poderiam contribuir para que o mercado cresça ainda mais, Gerhardt acredita que uma divulgação mais direcionada aos consumidores finais sobre os benefícios que esses produtos trazem geraria maior conscientização e maior cobrança junto à construção civil por parte da sociedade, impulsionando uma maior demanda de produtos como DR e DPS. “Além disso, uma fiscalização mais rígida também contribuiria para um maior crescimento do mercado desses produtos”, conclui.

Segundo o CEO da Clamper, Marcelo Lobo, a expectativa de crescimento dos negócios para 2021 é promissora, mesmo com toda instabilidade econômica causada pela pandemia de Covid-19. A Clamper é uma empresa 100% brasileira, referência no desenvolvimento e fabricação de dispositivos de proteção contra surtos elétricos (DPS). Já ultrapassou a marca de 40 milhões de produtos vendidos no Brasil e em outros 22 países. A Clamper identifica que reformas, ampliações e novas construções são fatores que normalmente impulsionam a comercialização desses produtos e acredita que a divulgação sobre a experiência do usuário ressaltando as vantagens e benefícios dos produtos contribuiria para ampliar as vendas.

Saulo La Rocca Santos (foto), gerente de Produtos da área de Dispositivos Elétricos da Siemens, diz que todas as linhas de proteção elétrica residencial e industrial estão experimentando um forte crescimento de demanda com relação ao ano passado. Ele observa que a recuperação da economia, a partir do segundo semestre de 2020, alavancou as vendas desses produtos, mas também gerou dificuldades nas cadeias logísticas de produção, que não conseguiram retomar as operações na mesma velocidade. Essa situação, aliada a uma condição de restrição mundial de algumas matérias-primas, criaram desafios adicionais aos negócios. “Entretanto, mesmo com este cenário logístico desafiador, estamos conseguindo atender a demanda dos nossos clientes e fecharemos o ano com crescimentos expressivos de vendas desses portfólios. Além da distribuição de energia em prédios comerciais e residências, nossos produtos também são utilizados na distribuição de energia e proteção elétrica de máquinas e equipamentos. Este setor nacional tem se beneficiado com o câmbio elevado, tornando seus produtos mais competitivos tanto no mercado nacional quanto na exportação. Este setor também está com forte demanda para essas linhas de produtos, contribuindo para que tenhamos uma performance de vendas muito superior à do ano passado”, comenta.

A Siemens tem uma expectativa bastante positiva de crescimento das vendas desses dispositivos para os próximos anos. “Oferecemos hoje no mercado brasileiro o que há de melhor em termos de tecnologia disponível no mundo para esses produtos e enxergamos um avanço gradativo na preocupação de se utilizar as melhores práticas técnicas para se garantir uma melhor proteção das instalações elétricas em nosso país. Um exemplo desta tendência é a crescente utilização de Dispositivos DR e DPS, fatores que auxiliam o crescimento desse mercado. Também não podemos deixar de mencionar a forte recuperação econômica em 2021, fundamental para consolidar tal expectativa. Com o retorno total das atividades após a pandemia, muitos investimentos represados serão retomados, alavancando ainda mais a demanda por essas linhas de produtos. Acreditamos que teremos um longo período de juros relativamente baixos na nossa economia, favorecendo os investimentos em construção civil e infraestrutura, principais setores para estes portfólios”, analisa Saulo.

O executivo da Siemens frisa que as reformas, ampliações e novas construções são fundamentais para o crescimento do mercado desses dispositivos, seja no segmento residencial, comercial, industrial ou infraestrutura. “A demanda desses produtos está relacionada diretamente ao desenvolvimento do mercado de construção civil (tanto de imóveis novos quanto de usados que passam por reforma). A segurança elétrica está inevitavelmente inserida neste contexto. Esses dispositivos proveem a proteção básica das instalações, conforme regulado pela norma de instalações elétricas brasileira, a ABNT NBR 5410. Imóveis novos normalmente já terão suas instalações elétricas projetadas de acordo com as normas técnicas vigentes. As reformas, entretanto, necessitarão ter suas instalações elétricas adequadas aos requisitos técnicos atuais. Muitas vezes é necessário (e até aconselhável), a substituição completa da instalação elétrica na maior parte dos prédios residenciais e/ou comerciais que passem por reformas, tornando este tipo de projeto também um alavancador de vendas desse portfólio”, complementa Saulo.

Sobre os fatores que podem contribuir para que o mercado desses produtos cresça ainda mais, o porta-voz da Siemens cita que é fundamental a conscientização do consumidor final para com os reais perigos que a eletricidade pode causar. Mesmo em uma instalação elétrica simples, toda precaução necessária não significaria luxo, mas sim cuidados básicos vitais: “Para isso, sem dúvida que uma divulgação em massa para a conscientização desses perigos e por consequência a exigência por parte do consumidor final da utilização de uma proteção elétrica adequada nas instalações é de fundamental importância. A Siemens está empenhada neste sentido, contando atualmente com campanhas de mídia com foco em conscientização do consumidor final com relação à importância da qualidade da instalação elétrica e buscando a valorização do profissional eletricista que atua de acordo com as normas técnicas vigentes”.

Outro ponto importante, prossegue Saulo, seria o fortalecimento dos órgãos municipais de fiscalização, de forma a incluir a verificação da instalação elétrica como parte da liberação documental do bem, principalmente nas instalações de autoconstrução, aquelas que não dispõem de um projeto elétrico e na maioria das vezes não são realizadas por um profissional habilitado. “A simples melhoria desses dois aspectos alavancaria o mercado desses dispositivos em questão e certamente diminuiria o número de acidentes relacionados à eletricidade em nosso país”, conclui Saulo.

Roberto Aimi, diretor-executivo da fábrica de materiais elétricos da Tramontina comenta que antes da pandemia já havia uma demanda reprimida de pessoas que desejavam construir ou reformar. Com a situação atual, muitos passaram a trabalhar, a estudar e a olhar para a casa e tornaram urgente a necessidade de promover melhorias no imóvel e também na instalação elétrica. “Essa situação motivou as vendas em alguns setores, incluindo o de material elétrico, que, em 2021, tende a apresentar um índice melhor de crescimento, se comparado a 2020”, prevê.

Para Roberto, a manutenção de instalações mais antigas e reformas que visam a ampliação dos circuitos de iluminação e de tomadas em residências estimulam as vendas desse tipo de solução. “Destacamos que o uso de interruptor DR é obrigatório desde 2012 e tem de ser utilizado em circuitos elétricos que ligam chuveiro ou banheira, que alimentam tomadas situadas em áreas externas e que sirvam ambientes internos normalmente molhados ou sujeitos a lavagens”, lembra o executivo.

O dispositivo deve ser instalado segundo as determinações da norma NBR 5410, que estabelece os parâmetros de desempenho de instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado das instalações e a conservação dos bens. “Já o uso do DPS ainda não é obrigatório, porém algumas concessionárias de energia elétrica recomendam o uso destes dispositivos”, complementa Roberto Aimi.

A Tramontina informa que tem feito divulgações constantes, capacitação das equipes de vendas e ações de marketing voltadas a ampliar o conhecimento dos profissionais da área de elétrica e consumidores sobre a importância dos dispositivos para a segurança dos usuários.

Segundo Rodrigo Bortoliero, engenheiro de Aplicação da Steck Indústria Elétrica, o cenário atual é de retomada do mercado, principalmente alavancado pelo aquecimento da construção civil, que mesmo na situação de pandemia que atravessamos vem em bom ritmo neste ano, quando comparado aos demais setores da economia.

Para Rodrigo, nos últimos anos houve uma adequação dos novos empreendimentos às normas vigentes, o que estimula a adequação das instalações, principalmente a proteção diferencial dos IDRs (contra os choques elétricos) e sobretensões dos DPS (raios). “Sendo assim, fortalecido pela boa perspectiva de crescimento da construção civil, o cenário é promissor para esses produtos que estão diretamente relacionados à aplicação”, comenta.

De acordo com Rodrigo, as vendas dos elementos de proteção acompanham a evolução da construção civil, então, quanto mais o mercado de construção estiver movimentado, maior a demanda de infraestrutura e, consequentemente, os elementos de proteção acompanham esta demanda.

Sobre os fatores que poderiam contribuir para que o mercado desses produtos cresça, Rodrigo diz que quanto mais forem divulgados os benefícios voltados à segurança que os produtos proporcionam, maior o interesse do usuário em ter mais proteção na sua residência, tanto para os seus familiares quanto para os equipamentos.

Pedro Okuhara (foto), especialista de Produto e Aplicação da Mitsubishi Electric, conta que as vendas de disjuntores e DR da empresa no Brasil vêm crescendo ano após ano desde o lançamento desses produtos no mercado nacional, em 2018, seguindo o alto ritmo de crescimento da companhia.

Ele relata que a retomada dos negócios após a primeira onda da pandemia veio muito forte, tanto que a empresa irá entregar um resultado superior ao projetado no final do ano de 2020: “Diante disso, nossa expectativa é de que o aquecimento da economia após a pandemia da Covid-19 seja acelerado e impulsionado por diversos setores que ficaram travados durante esse período”.

Okuhara lembra que os disjuntores, DR e DPS são utilizados em praticamente todo tipo de aplicações, mas o consumo maior acaba sendo de novas construções ou ampliações de parques industriais, prédios comerciais e residenciais. “Porém, uma parcela muito importante vem do retrofit de máquinas, equipamentos e painéis, que está acontecendo com mais frequência, pois muita coisa ficou paralisada durante a pandemia, além de empresas que aproveitaram esse momento de baixa para conseguir realizar as manutenções preditivas”, explica.

Para o especialista da Mitsubishi Electric, a aplicação de dispositivos de segurança, como o DR, cresceu bastante após a obrigatoriedade em algumas aplicações. “De forma geral, os produtos de proteção sempre precisam ter uma divulgação e conscientização maior junto ao usuário final, inclusive quando falamos do DR, porque sua proteção é muito importante para evitar que alguma carga elétrica possa machucar uma pessoa, ou até mesmo levá-la a óbito. Já para usuários técnicos, é muito importante a especialização em proteção elétrica para realizarem a melhor especificação da solução necessária para cada situação”.

Cuidados na escolha dos produtos

O mercado de DPS, DR e disjuntores está bem organizado sob o aspecto das normas técnicas.

A NBR 5410 define claramente as situações, recomendações e obrigatoriedades quanto à utilização desses produtos nas instalações elétricas prediais de baixa tensão.

Há ainda a norma NBR 5419, que especifica a proteção contra descargas atmosféricas, ou seja, o uso dos DPS. As características construtivas e os procedimentos de testes para estes dispositivos já são regulamentados e conhecidos, o que garante a confiabilidade dos mesmos para os consumidores. Os produtos devem atender às exigências das Normas IEC 61008-1 (específica para DR) e IEC 61634-1 (específica sobre DPS).

De qualquer forma, é preciso alguns cuidados na hora de adquirir os produtos. De acordo com Pedro Okuhara, da Mitsubishi Electric, no momento de comprar produtos elétricos não adianta procurar apenas pelo preço mais baixo. Ele diz que materiais que cumpram todos os requisitos – incluindo normas técnicas obrigatórias da ABNT e regras de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) – certamente terão um preço mais alto, calculado com base no custo do produto feito com materiais de alta qualidade.

“Produtos de proteção são elementos fundamentais na instalação, porque eles devem atuar justamente em uma falha no sistema. Sendo assim, ele não pode vir a falhar num caso tão importante, como um curto-circuito. Portanto o comprador deve se certificar da procedência do produto, considerando fabricantes reconhecidos internacionalmente. Além disso, a escolha do produto deve ser realizada de forma técnica, considerando os requisitos para atender sua aplicação, não levando em conta apenas o preço, como acontece muito, porque poderá gerar prejuízos ainda maiores”, reforça Okuhara.

Saulo La Rocca Santos, da Siemens, explica que os minidisjuntores comercializados no varejo são fiscalizados pelo Inmetro de acordo com a Portaria 348/2007. Eles são frequentemente submetidos a ensaios técnicos através de uma amostragem de produtos e recebem o selo do Inmetro quando aprovados. “Então, a primeira dica é essa: no caso da necessidade de uma compra de minidisjuntores, esses devem sempre estar com o selo do Inmetro em seu frame (carcaça), indicando a conformidade do produto de acordo com sua respectiva norma”, observa.

Já os demais produtos em questão (Dispositivos DR e DPS) não possuem essa fiscalização, portanto, não apenas para os minidisjuntores mas também e principalmente para Dispositivos DR, DPS e o próprio Quadro de distribuição, sempre adquira esses produtos de uma empresa idônea, de preferência comumente conhecida no mercado. “Evite apostas em produtos de marcas desconhecidas, principalmente quando o principal atrativo é a questão comercial (preço). Lembre-se que esses produtos são para a sua proteção e de sua família”, orienta Saulo.

Rodrigo Bortoliero, da Steck, diz que como consumidores devemos estar atentos se estamos trabalhando com componentes que atendem às normas construtivas dos produtos e se eles estão, quando necessário, dentro das exigências do Inmetro.

Marcelo Gerhardt, da Soprano, recomenda buscar sempre produtos que atendam às características requeridas nas normas técnicas e possuam o selo do Inmetro. “Além disso, que sejam comercializadas por fabricantes tradicionais do mercado que possuam um controle de qualidade rigoroso, como a Soprano”, finaliza.

Ricardo da Rocha Brando, da WEG, diz que não pode haver aventura quando falamos da proteção de vidas e da segurança de nossas famílias. “A aquisição de produtos fabricados por empresa especialista em materiais elétricos e com reconhecida qualidade, é fator determinante para a segurança das instalações”, destaca.

Por fim, Roberto Aimi, da Tramontina, observa que os disjuntores, os DRs e os DPS devem ser dimensionados por um engenheiro ou técnico da área elétrica, que saberá avaliar as necessidades das capacidades de corrente e os detalhes técnicos necessários para suportar os equipamentos em cada projeto elétrico. “O profissional fará uma análise de quais e quantos dispositivos de proteção são necessários e também fazer uma previsão para futuras instalações e circuitos”, comenta.

Tecnologia e portfólio de produtos

Sobre as principais tendências, em termos de desenvolvimento tecnológico dos produtos, Marcelo Gerhardt lembra que cada vez mais o mundo físico e o digital estão se tornando um só, e esses dispositivos devem acompanhar a evolução tecnológica da Internet das Coisas e podem, no futuro próximo, estar conectados à automação residencial ou ao celular. “Na mesma linha, esses dispositivos também evoluirão em sua concepção e irão substituir o convencional acionamento eletromecânico pelo acionamento eletrônico e ainda terão uma proteção mais eficaz e correntes de ruptura maiores”, adianta o executivo da Soprano.

Na linha de disjuntores a Soprano possui 4 linhas no padrão IEC (DIN) e 1 linha no padrão NEMA (ASM), todas nas versões mono, bi, tri e tetrapolar e nas mais diversas correntes. Em se tratando de DR e DPS, a empresa tem 2 linhas para cada tipo de produto. Além disso, possui 1 linha de Disjuntores e DPS para corrente contínua, muito utilizado nas instalações dos sistemas fotovoltaicos.

Os últimos lançamentos da Soprano foram a linha de disjuntores IEC (DIN) SHB-X, com capacidade de interrupção em 10 kA pela norma IEC 60898, e o DPS monobloco 15kA Classe II.

Ricardo da Rocha Brando, da WEG, confirma que produtos com comunicação IoT são a nova fronteira nessas linhas. A WEG oferta minidisjuntores de 2 a 125 amperes, com nível de curto circuito de 3 a 10 kA, nas curvas B e C. Também dispõe de DRs de 25 a 100 amperes, bi e tetrapolares, com sensibilidade de 30 e 300 mA. Disponíveis nas classes AC e A. Finalmentes, oferece DPS com corrente máxima de descarga de 10 a 60 kA em tensão Vca e de 40 kA para tensões Vcc de 600 e 1.100 volts, estes últimos voltados para aplicações em instalação de geração fotovoltaica. Até o final de 2021 a empresa promete novos lançamentos.

Roberto Aimi, da Tramontina, diz que o mercado de disjuntores, DR e DPS vem, gradualmente, sendo ampliado e a qualidade dos produtos vem aumentando, com investimentos em tecnologias de produção e matérias-primas, garantindo produtos mais seguros e duráveis, a exemplo da Tramontina, cujo foco é aumentar a produtividade e a eficiência dos processos, para oferecer produtos melhores e mais funcionais.

Ele conta que a Tramontina tem uma linha completa para sistemas de distribuição de energia elétrica, que inclui Disjuntores, Interruptores DR, Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), Caixas Moldadas e acessórios para possibilitar a segurança necessária às instalações elétricas – setores residencial, comercial e industrial – com qualidade e excelente proteção.

Sobre as novidades, a fábrica de materiais elétricos da Tramontina acaba de ampliar a linha de DPS (Dispositivo Protetor contra Surtos), componente responsável pela proteção contra descargas atmosféricas e que serve para minimizar as chances de queima de equipamentos quando ocorrem tempestades com raios, desviando as correntes de surto para a terra.

A linha de DPS TDS da Tramontina agora está disponível nas versões 15, 20, 45, 60 e 90 kA, todos com tensão de utilização de até 275V e próprios para instalação em redes de 127 ou 220 V.

Os modelos de DPS da Tramontina podem ser encontrados nas classes 1 (para áreas altamente expostas às descargas atmosféricas) e 2 (para descargas atmosféricas indiretas, ou seja, que ocorrem próxima à área de edificação ou redes elétricas). Todos possuem um indicador frontal na cor verde, que muda para vermelho para indicar quando mesmo deverá ser substituído na instalação.

Para Saulo La Rocca Santos, da Siemens, certamente a principal tendência desses dispositivos é a comunicação de status ou até a possibilidade de manobra deles através de um aplicativo com o usuário. “Imagine poder desligar à distância um determinado circuito da sua residência o qual não tem a necessidade de permanecer ligado naquele momento. Ou ainda, receber a informação que determinado dispositivo seccionou o circuito de alimentação, por exemplo da geladeira, em razão de uma sobrecarga. Caso esteja ausente de casa, tal informação poderá fazer bastante diferença. Enfim, tais funcionalidades já existem em dispositivos comumente utilizados na indústria, mas no campo residencial ou comercial ainda há muito o que percorrer visando um diagnóstico mais rápido e um gerenciamento de cargas de maneira mais interativa”, comenta.

Segundo Saulo, a Siemens tem um dos portfólios de produtos para a proteção elétrica mais completos do mercado brasileiro, se não for o maior. Produtos que atendem a necessidade das instalações elétricas residenciais mais simples até a mais alta exigência industrial, neste caso em razão das características da instalação ou necessidade de alguma funcionalidade específica do processo.

Somente no portfólio de Minidisjuntores são mais de 10 famílias de produtos, cada qual com suas especificidades e características técnicas distintas. No portfólio de Dispositivos DR não é diferente, pois são diversas famílias com atuação específica tanto para com a proteção de choques elétricos nocivos à saúde humana, quanto para proteção de acidentes que podem promover um incêndio derivado de problemas relacionados à eletricidade. “Por fim, nossa linha de DPS não fica atrás, completa e com todas as classes de proteção indicadas por norma, atendem todas as necessidades de uma instalação protegendo os equipamentos contra surtos indesejáveis”, complementa.

Nos últimos anos a Siemens revitalizou o seu portfólio de proteção elétrica, disponibilizando novas linhas de produtos conforme padrão mundial. As linhas de Minidisjuntores 5SL e 5SY, a linha de Dispositivos DR 5SV e a própria linha de Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) 5SD7 são totalmente atualizadas e de alta performance operacional, oferecendo ao consumidor brasileiro o que existe de melhor em termos de tecnologia para proteção das instalações elétricas. “Também oferecemos ao mercado a Linha de proteção IRIEL (Minidisjuntores, Dispositivos DR, DPS e Quadro), desenvolvida exclusivamente para as aplicações de distribuição e proteção elétrica residencial. Como somos fascinados por novas tecnologias e que possam promover o bem-estar da sociedade, para este portfólio teremos novidades no campo de gerenciamento de energia, conectividade e em soluções para Green Building. Aguardem”, avisa Saulo.

De acordo com Pedro Okuhara, da Mitsubishi Electric, as principais tendências se concentram no desenvolvimento de produtos que ofereçam maior eficiência energética e redução de custos, com um desempenho aprimorado e melhorias na capacidade de interrupção, protegendo os equipamentos elétricos industriais. “Além disso, com a Indústria 4,0, estamos vendo uma grande quantidade de soluções de proteção elétrica com funções adicionais para realizar a integração desses sistemas, além de ser uma solução inteligente e interconectada, podendo ser acessada e operada remotamente”, explica.

A Mitsubishi Electric possui uma solução completa para distribuição de energia, com disjuntores de caixa aberta até 6.300 A, disjuntores de caixa moldada até 1.600 A, mini-disjuntores até 63 A com 10 kA de proteção de curto-circuito, e interruptores diferenciais (DR) até 63 A, todos de acordo com as principais certificações globais e nacionais. “Além disso, oferecemos acessórios fáceis de instalar, garantindo a melhor solução para cada aplicação”, completa Okuhara.

A linha de baixa tensão da Mitsubishi Electric foi lançada há apenas 3 anos no Brasil, porém, ela já é comercializada mundialmente há várias décadas. “No âmbito mundial, teremos diversos lançamentos previstos na linha de proteção elétrica”, diz Okuhara.

Rodrigo Bortoliero, da Steck, informa que a companhia possui três linhas de mini disjuntores que se diferenciam pelo nível de curto-circuito. A Steck tem as linhas SDD, SDZD e DAS que possuem 3, 6 e 10 kA, respectivamente, de acordo com a norma NBR IEC 60898. Oferece ainda Interruptores Diferencial Residual, que são destinados à proteção do usuário – neste item estão disponíveis dois níveis de sensibilidade, 30 e 300 mA. E os DPS, que são destinados a proteger os equipamentos de descargas atmosféricas.

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