Ecossistema de automação robótica
Você já pensou em ter um robô trabalhando ao lado de um ser humano na linha de produção? Pois eu te digo que essa ideia apenas parece estranha. Quando olho hoje para o mercado, já é possível enxergar cada vez mais a presença da automação robótica dentro das indústrias, inclusive no Brasil, e a tendência é que isso só aumente.
Um relatório realizado pela Euromonitor, empresa de inteligência de mercado, indicou que a automação e robótica estavam na segunda posição entre as tecnologias que terão impacto nas organizações nos próximos cinco anos e a explicação é simples, seus benefícios. A redução do tempo de produção de um produto, a diminuição das chances de defeito e de tempo de inatividade dentro das fábricas estão entre eles.
Algumas pessoas, entretanto, observam essa tendência e se perguntam: Isso significa que as indústrias vão substituir pessoas por robôs? E a resposta é não! E nem devem. Acredito que o segredo para o futuro não está na substituição de pessoas por máquinas, mas sim na colaboração entre esses dois players, o que só é possível graças aos “cobots”, ou robôs colaborativos. Ou seja, ferramentas projetadas para atuarem em conjunto com seres humanos e que podem ser manuseadas por eles sem qualquer tipo de perigo.
Para se ter uma ideia, um report da International Federation of Robotics (IFR) avaliou a presença desses equipamentos nos ambientes de trabalho do futuro. A maioria das pesquisas avaliadas por eles indicou que a substituição de vagas por automação não chegará a 10% dos casos. E não, a linha de produção não será totalmente automatizada. Ainda teremos robôs e trabalhadores coexistindo no chão de fábrica, mas a questão vai além disso!
O que deve ocorrer é uma importante transformação de tarefas: serão necessários trabalhadores mais qualificados e mais bem pagos, assumindo funções específicas – algumas já conhecemos, como desenvolvedores, analistas e mineradores de dados, designers de robôs, além de especialistas em comunicação digital – e outras surgirão no futuro!
Em suma, o que o mercado nos mostra é que a Sociedade 5.0, em que máquinas e seres-humanos coexistem, já está batendo a nossa porta, mas precisamos nos preparar para recebê-la, seja qualificando os profissionais que virão ou preparando a nossa empresa para a automatização. O futuro já está aí, não o deixe passar!
Escrito por Denis Pineda, gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos