Empresa quer digitalizar parque fabril

A cada ano que passa, o Verão parece ser cada vez mais intenso, impulsionando a indústria e também as vendas de produtos que possam proporcionar mais conforto, principalmente para quem reside em um país tropical.

Nesse cenário, a TechAl Indústria e Comércio – fabricante de conjunto tubulares de alumínio para sistema de refrigeração automotivo – dá um passo significativo ao completar 15 anos de atuação no mercado, preparando-se para digitalizar seu parque fabril até o final deste ano.

A empresa, que iniciou suas atividades em 2004, no município de São José dos Campos (SP), hoje soma 15 robôs na produção, sendo 11 da Yaskawa Motoman aplicados para manipulação de materiais. “Hoje os robôs são humanizados e não tiram o espaço do trabalhador, pelo contrário, defendem posições do colaborador, oferecendo os requisitos exigidos pelo mercado, como produtividade, eficiência e qualidade”, enfatiza Eduardo Piloto, diretor da empresa. Já em meados dos anos 90, o executivo, que trabalhava em uma companhia italiana, havia percebido um movimento mundial rumo à robotização. Crente de que este deveria ser o caminho traçado para a TechAl, Piloto buscou uma empresa que apostasse em sua capacidade empreendedora, e encontrou na Yaskawa Motoman a parceria perfeita, atendendo às suas reais necessidades.

A TechAl possui capacidade para atender os mercados interno e externo. A empresa exporta para Argentina e está em tratativas para exportar para a Alemanha, no segundo semestre. No passado, também já exportou para Estados Unidos, Índia e China. “Devido ser uma empresa de pequeno porte, só para se ter ideia, em 2010, do projeto à instalação do primeiro robô da Yaskawa Motoman, mesmo envolvendo uma companhia italiana e um fornecedor local, ocorreu em menos de dois meses”, destaca Piloto.

O diretor recorda-se que naquela ocasião a TechAl operava em três turnos, empregando nove pessoas por célula. “Atualmente, devido à robotização, aumentamos o número de células para um total de 11, concebidas automatizadas. Temos 100 colaboradores (três por célula) trabalhando junto aos robôs e permanecemos com os três turnos para melhor atender o mercado”, diz ele, reforçando que a robotização foi só o primeiro passo da TechAl, que hoje produz peças com homem-robô trabalhando lado a lado, sempre com a mesma eficiência e qualidade, sendo este o principal diferencial da célula automatizada. Segundo o diretor, a automatização favorece não só a expansão dos negócios da empresa – graças à rentabilidade e qualidade das peças produzidas -, como também contribui para a manutenção de postos de trabalho.

De acordo com Piloto o próximo passo é digitalizar a TechAl a exemplo do que vem ocorrendo nos segmentos automotivo, linha branca e telefonia. Para tanto, acaba de adquirir um software da Yaskawa Motoman, através do qual é possível simular (offline) toda a linha de produção, e inclusive acabou de instalar mais uma linha com dois robôs da marca da multinacional japonesa, operando em conjunto em uma única célula. “Até o final de 2019 teremos todas nossas máquinas digitalizadas”, adianta Piloto, que sempre de olho no futuro une esforços com a prefeitura da cidade para a implantar robôs colaborativos em escolas da região. “Precisamos formar mão de obra especializada para atender as necessidades da Indústria 4.0”, sentencia.

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