Cuidados começam na escolha dos equipamentos fotovoltaicos

A utilização da energia solar como uma alternativa limpa de fonte de energia é uma realidade cada vez mais presente em todo o mundo, seja nos segmentos residencial, industrial, comercial ou rural. No Brasil, a participação solar cresce a passos largos, o que colocou o país na 6ª colocação mundial com maior geração de energia fotovoltaica, segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Porém, o que talvez ainda muitos desses usuários, ou mesmo aqueles que estão com interesse em adquirir esses equipamentos solares, podem não se atentar é de que há algumas questões importantes para garantir que esses equipamentos solares operem com o máximo de desempenho e eficiência, o que influenciará diretamente em um dos pontos cruciais para quem opta pelo sistema fotovoltaico – a economia na conta de energia.

A primeira dica é para quem está avaliando a possibilidade de instalar um sistema fotovoltaico. O engenheiro Marcelo Niendicker orienta que a escolha dos equipamentos certos influencia diretamente na eficiência e desempenho do sistema. “Por exemplo, módulos de baixa qualidade contribuem para uma baixa geração de energia e podem apresentar falhas prematuras de operação”, explica Marcelo.

Uma evolução da energia fotovoltaica, que começa a chegar ao Brasil, é o armazenamento em baterias. Para que funcione, é preciso ser utilizado com um inversor híbrido. Nesse caso, há ainda a possibilidade de armazenamento mesmo sem as placas solares, o que torna possível a instalação do sistema em apartamentos, por exemplo. 

Porém, o engenheiro alerta que também é preciso estar atento quanto ao desempenho das baterias. “A confiabilidade e durabilidade podem ser muito diferentes de acordo com os diferentes fornecedores, o que pode deixar o usuário na mão quando ele mais precisa das baterias, normalmente durante falhas de fornecimento das concessionárias. Portanto, se não escolhidos corretamente, ambos os pontos, módulos e baterias, podem gerar grande frustração aos usuários de sistemas híbridos”, orienta.

Nesse sentido, Marcelo reforça que é muito importante escolher equipamentos com alta eficiência, principalmente quando se fala em eficiência ‘Euro’, a Eficiência Europeia (EU). A Eficiência EU é uma média ponderada de eficiências, calculada a partir da distribuição anual de potência encontrada no clima da Europa. A escala vai de 0 a 100% e o fator de ponderação que possui maior peso é no carregamento de 50%, pois este é o mais comum na Europa.

“Os inversores da SolaX Power, por exemplo, possuem eficiência Euro acima de 97%, portanto entregam mais energia ao final de cada dia de operação”, explica Marcelo, destacando os equipamentos da multinacional SolaX Power, empresa recém-chegada ao Brasil, que colocou o primeiro inversor híbrido no mercado asiático e trouxe essa expertise em armazenamento solar para os consumidores brasileiros, com a possibilidade de autoprodução de energia limpa e independência energética.

Foi tomada a decisão de quais equipamentos serão adquiridos? Então é preciso escolher adequadamente o local da instalação. “O local, a orientação e inclinação dos módulos afetam muito o desempenho de qualquer usina solar, pois deve ser livre de obstáculos que causam sombreamento. Por isso, a orientação e a inclinação devem ser ajustadas de acordo com o projeto”.

E quais os cuidados que devem ser observados depois de instalados e com os equipamentos já em funcionamento? O engenheiro orienta que o monitoramento é fundamental para detectar anomalias e falhas de operação, que pode ser um simples acionamento de algum dispositivo de proteção até a falha no sistema de armazenamento ou módulos fotovoltaicos.

E, aliada a esse monitoramento, a manutenção preventiva também é importante. “Normalmente, é realizada a limpeza principalmente nos módulos fotovoltaicos e inspeção visual de todo o sistema com intuito de identificar a integridade geral do sistema, com especial atenção aos dispositivos de seccionamento (que realizam a conexão e desconexão do sistema) e de proteção”. E completa: “Importante ressaltar que a periodicidade e o plano de manutenção devem sempre ser avaliados pela empresa responsável pela instalação, mas normalmente a manutenção preventiva deve ser realizada a cada seis meses”.

Além disso, há possibilidade de atualização de softwares de diversos componentes do sistema, dentre eles, inversores e baterias, “mas, no geral, não é necessário atualizar o sistema com frequência, porque estes são pensados para uma longa vida útil”.

É importante destacar que os integradores solares são profissionais essenciais na cadeia de energia solar, já que são os responsáveis por auxiliar os clientes nas informações e instalação de um sistema fotovoltaico, inclusive com todos esses pontos de atenção, desde a escolha dos equipamentos até os cuidados a serem observados durante o uso. Para auxiliar nesse processo, esses profissionais mantêm contato com as distribuidoras para oferecer os equipamentos e melhores soluções. Dados da Greener apontam que o Brasil possui 26.150 integradores fotovoltaicos ativos.

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