O que pode danificar uma placa solar?

Instalados sobre telhado, solo, ou qualquer outra superfície, os painéis fotovoltaicos ficam sujeitos às forças do meio ambiente, entre elas o granizo e outros objetos que caem sobre os módulos, inclusive pisadas de pessoas, pequenos animais ou até uma pedra ou galho. Embora sejam muito resistentes, esses fatores podem danificar a parte externa de uma placa. 

De acordo com Gabriel Guimarães, engenheiro químico e diretor comercial da SolarVolt, empresa mineira especializada em energia solar fotovoltaica, entre os principais fatores que causam danos numa placa fotovoltaica está a quebra da cobertura de vidro. 

Além disso, ele comenta que é necessário ter muito cuidado com os módulos, que diferente dos painéis, são muito sensíveis à torção de qualquer tipo. Esses danos podem reduzir a produção de energia de todas as outras células boas, isto porque as células fotovoltaicas são agrupadas em encadeamento e, quando uma célula baixa seu nível de corrente entregue ao sistema, impõe uma corrente mais baixa às demais células conectadas em série. O que causará um impacto ainda mais negativo sobre a geração de energia, que piora ao longo do tempo de operação do sistema. “Danos podem ser causados ainda por aquecimento de circuitos elétricos, principalmente quando a bitola, sistema isolante, número de condutores e proteções não estejam corretamente dimensionados”, acrescenta Gabriel Guimarães. 

Outro problema causado no sistema fotovoltaico pela exposição a intempérie é a perda de contato com soldagem por curto-circuito. Por isso é preciso cuidado redobrado nas emendas ou conexões, além de manutenção preventiva adequada. Deformação da estrutura em alumínio, produto preferido pelo custo baixo e leveza, também é problema, pois se deformado não retorna à posição inicial. É necessário ainda prevenir solturas de módulos e quedas. Por pesar mais de 20 quilos, essas quedas colocam em risco pessoas e bens. Depois de uma queda, a probabilidade de que um módulo esteja apto para uso novamente dentro do mesmo sistema é remota. 

O engenheiro químico e diretor comercial da SolarVolt esclarece ainda que é fundamental o correto aterramento das estruturas metálicas dos sistemas fotovoltaicos e a verificação de sua compatibilidade com os Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDAs) existentes. Ao ser impactados por um raio, os módulos podem ser danificados tanto pelas correntes elétricas como pela temperatura da descarga. O correto aterramento minimiza estes impactos e seus efeitos sobre pessoas e bens.

Por fim, ele complementa ainda que as células fotovoltaicas perdem eficiência por desgaste natural, por isso, é fundamental fazer verificações e testes periódicos, principalmente em sistemas fotovoltaicos industriais e comerciais de grande porte. “É fundamental contar com o assessoramento adequado para a execução segura e rentável do projeto. No momento da contratação de um projeto, é imprescindível a assessoria técnica de engenheiro especializado. É preciso acompanhamento desde o planejamento passando pela execução até a operação”, conclui.

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