Obras de eficiência energética na USP

A Enel Distribuição São Paulo entregou as obras de projetos de eficiência energética em três instituições da Universidade de São Paulo (USP), o Hospital Universitário, a Escola Politécnica e o Instituto de Energia e Ambiente. Com investimento de R$ 1,97 milhão, a concessionária instalou 522 placas fotovoltaicas e modernizou os sistemas de iluminação por meio da substituição de 13,3 mil lâmpadas fluorescentes por modelos LED, que são mais eficientes e têm maior durabilidade.

Com a iniciativa, financiada com os recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os prédios terão uma redução total de 1.411 MWh/ano no consumo de energia, o equivalente ao consumo de energia de 588 residências por mês. A estimativa é que as obras tragam uma economia estimada de R$ 808,8 mil por ano na conta de luz da USP.

Segundo a responsável pela área de sustentabilidade da Enel Distribuição São Paulo, Solange Mello, os projetos vão garantir uma economia significativa na conta de energia das instituições. “Com o uso de placas fotovoltaicas para geração de energia própria e a modernização dos sistemas de iluminação, as instituições da USP terão um consumo mais eficiente e sustentável. Estamos trabalhando para trazer energia limpa e renovável, promovendo o consumo eficiente, reduzindo as emissões de carbono e trazendo eficiência no gasto público”, afirma.

No projeto realizado no Hospital Universitário o investimento da concessionária foi de R$ 1,13 milhão. Os recursos foram aplicados na instalação de 234 placas fotovoltaicas e na modernização do sistema de iluminação, com a troca de 9,8 mil lâmpadas antigas por LED. A iniciativa irá reduzir em 899 MWh por ano o consumo energético do local, o equivalente à demanda de 374,4 clientes residenciais por mês. A redução estimada no valor da conta de luz por ano será de aproximadamente R$ 423 mil.

Na obra do Instituto de Energia e Ambiente (IEE/USP), a Enel Distribuição São Paulo investiu R$ 235,4 mil na troca de 2.463 lâmpadas por modelos LED, o que reduzirá o consumo de energia em 302 MWh/ano. Esse volume é suficiente para abastecer 126 residências ao mês. A economia na conta de luz é estimada em aproximadamente R$ 286,5 mil por ano.

Já na Escola Politécnica, o investimento da concessionária foi de R$ 607,9 mil. Os recursos foram aplicados na instalação de 288 placas fotovoltaicas e na modernização do sistema de iluminação, com a troca de 1.039 lâmpadas antigas por LED. Os projetos irão proporcionar uma diminuição de 211 MWh/ano no consumo energético, o equivalente ao consumo de 88 clientes residenciais por mês. A redução estimada no valor da conta de luz será de aproximadamente R$ 99,2 mil por ano.

“Na Escola Politécnica da USP, além da eficiência energética ocasionada pela troca das lâmpadas por tecnologia LED, teremos a redução com gastos de energia consumida pelo prédio devido a geração de energia localmente pela usina fotovoltaica e a possibilidade de armazenar esta energia em um sistema de baterias de lítio, que  pode ser injetada no sistema em outros horários reduzindo por exemplo picos de consumo por uso de ar-condicionado e/ou iluminação. Todas estas ações permitirão benefícios para o desenvolvimento de estudos sobre o tema”, explica o professor José Aquiles Baesso Grimoni, do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da Poli.

Os dados referentes à produção e consumo de energia serão utilizados pelos pesquisadores da Escola Politécnica para conduzir estudos relacionados ao assunto, o que pode gerar trabalhos de pós-graduação de mestrado, doutorado e de pós-doutorado, e publicação de artigos científicos.

Além dos ganhos energéticos, a instalação de lâmpadas LED melhora a luminosidade dos corredores e salas dos prédios e, consequentemente, a visibilidade dos funcionários, alunos e professores. Além dos benefícios econômicos, os projetos têm um impacto positivo para o meio ambiente. Com o consumo de energia mais eficiente após a modernização dos sistemas de iluminação e o uso de placas solares para a geração própria de energia, a USP vai evitar a emissão de 105,8 toneladas de gás carbônico (CO2) por ano, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Para efeito de comparação, esse volume equivale ao plantio de 756 árvores.

Sobre o Programa de Eficiência Energética – O Programa de Eficiência Energética da Enel Distribuição São Paulo existe desde 1998, e já investiu aproximadamente R$ 928 milhões em 388 projetos com foco no consumo consciente de energia, melhoria das instalações elétricas e ações educacionais. As obras de eficiência energética da Enel são regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e fazem parte da Chamada Pública de Projetos (CPP), que em 2019 inaugurou uma série de obras.

2 thoughts on “Obras de eficiência energética na USP

  • maio 25, 2021 em 8:37 am
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    Excelente comentário professor! E complementando, se me permite, as CPP´s ocorrerem anualmente, destinando os valores de investimento em EE a partir do faturamento das concessionárias, e que qualquer empresa ou órgão publico pode participar preenchendo os requisitos estabelecidos pela ANEEL dispostos do PROPEE – Procedimentos do Programa de Eficiência Energética .

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  • maio 18, 2021 em 6:14 am
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    Esses programas fazem parte da exigência da ANEEL para as Concessionárias de energia elétrica em investir em pesquisa, desenvolvimento e retrofit de instalação já existentes que contemplam a eficiência energética. Tive o privilégio de ser coordenador de três ciclos semelhantes a este nos Campi da UFRJ que permite obtermos milhões de reais ao longo da vida útil dos equipamentos. Houve a abrangência em sistemas de iluminação e climatização de diversos ambientes de laboratórios, salas de aula e administrativos. Por parte do governo central já existe um decreto baixado pelo presidente FHC que obriga as instituições pública das administração direta e indireta em montar equipes ligadas às iniciativas de eficiência energética (CICE – Comissão Interna de Conservação de Energia). Faço a observação de que não gosto do termo “Conservação”. A final de contas energia não se perde. O termo mais adequado é eficiência energética. Engenheiro, Professor, Mestre em Ciências de Engenharia Elétrica- Sistema de Potência / COPPE/UFRJ, projetista, consultor em eficiência energética e geração fotovoltaica.

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