PotencializEE e SENAI SP orientam indústrias a serem mais produtivas gastando menos energia
Com apenas quatro meses do início das consultorias de Eficiência Energética (EE), o Programa PotencializEE, ação de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, já contabiliza a inscrição de 244 Pequenas e Médias Empresas (PME) industriais de São Paulo aprendendo como produzir mais, com menos desperdício de energia nos seus processos. Das 10 regiões atendidas pelo projeto em parceria com o SENAI/SP, as cidades de Campinas e Ribeirão Preto têm se destacando na adesão. São 85 empresas, principalmente do ramo de automóveis e metalurgia, inscritas.
“A atual situação econômica do Brasil e do mundo tem elevado bastante os gastos com energia e combustíveis fósseis. Aumentando os custos de toda a cadeia produtiva das indústrias e comprometendo o modelo de negócios, principalmente das pequenas e médias empresas. Os ganhos em eficiência energética permitem uma redução considerável da conta de energia, por isso cada vez mais empresas estão procurando o programa”, explicou Rodolfo Pinheiro, supervisor de Projetos e Tecnologias do SENAI-SP.
Cerca de 50 consultores do PotencializEE em parceria com SENAI-SP, estão percorrendo as regiões de Sorocaba, Jacareí, Araraquara, Sertãozinho, São José do Rio Preto, Marília e Presidente Prudente realizando diagnósticos energéticos para a implementação de projetos de eficiência energética. Os setores industriais com maior participação são os de Metalurgia e produtos Metálicos, Máquinas e Equipamentos, Automóveis e Peças, Plásticos e Borracha seguidos do ramo de Alimentos e Bebidas, Têxtil e Vestuário.
“Estamos observando uma forte adesão de setores industriais que utilizam bastante maquinário térmico na sua cadeia produtiva. A intervenção térmica é a mais importante das que podem ser realizadas para a redução da demanda de energia e para a eficiência energética das PMEs industriais”, comentou Marco Schiewe, diretor do Programa PotencializEE.
As inscrições para participar do Programa PotencializEE ainda estão abertas. Podem se cadastrar PMEs industriais de São Paulo com até 499 funcionários e de qualquer segmento. Para isso, basta acessar o site. Após essa etapa, um especialista do Senai-SP agendará uma visita para a realização de um pré-diagnóstico energético gratuito. Será feito um levantamento prévio da situação estrutural da instalação de produção com recomendações básicas de melhoria. Caso existam potenciais expressivos de eficiência energética, a recomendação é a elaboração de um projeto e, finalmente, sua implementação.
O PotencializEE prevê ainda a facilitação de acesso ao crédito por meio de instituições financeiras públicas e privadas parceiras. Para isso, mobiliza um fundo com cerca de R$50 milhões para reduzir exigências de garantias das pequenas e médias empresas industriais. E, com isso, espera movimentar até R$ 500 milhões para investimentos de baixo carbono em PMEs industriais.
Sobre o Programa PotencializEE
O PotencializEE é um Programa de Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, liderado pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e coordenado por meio da GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), Agência Alemã de Cooperação Internacional. O PotencializEE conta com recursos do Ministério Alemão do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha e da União Europeia. A iniciativa é uma contribuição das duas instituições para a NAMA Facility, um mecanismo de financiamento que tem como objetivo ajudar países em desenvolvimento e economias emergentes em seus esforços em direção à redução de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa), contribuindo para o combate às mudanças climáticas.
O programa espera apoiar 425 projetos, até 2024, realizando mais de mil diagnósticos energéticos e conscientizando 5.260 indústrias sobre as medidas de EE. Com o apoio do PotencializEE, será possível a mitigação de aproximadamente 1,1 toneladas de CO2, estimulando o alcance da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, estabelecida no âmbito do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas que tem como meta manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C, de preferência 1,5°C.