Prêmio Mario Bhering de Preservação de Memória

 

Prêmio Bhering
Crédito: Marcus Almeida/Somafoto

O Centro da Memória da Eletricidade no Brasil realizou, na noite do dia 25 de outubro, no Museu Histórico Nacional, a segunda edição do Prêmio Mario Bhering de Preservação de Memória. Criado com o objetivo de reconhecer e fomentar boas práticas de preservação histórica no setor de energia elétrica, o Prêmio Mario Bhering homenageou, nesta edição, quatro grandes iniciativas.

Em seu discurso de abertura, o presidente da Memória da Eletricidade, Augusto Rodrigues, falou sobre a importância específica da preservação histórica para o setor elétrico. “A memória é uma ferramenta estratégica para a tomada de decisões. Essa ferramenta é ainda mais relevante tratando-se do setor elétrico, que tem como característica empreendimentos que demandam alto investimento e retorno a longo prazo. Assim, estudar o passado é não só uma inspiração para os acertos, mas também uma forma de aprender com os erros cometidos e minimizar os riscos”, disse.

Na categoria institucional do Prêmio Mario Bhering de Preservação de Memória, Mônica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, recebeu o troféu pelas diversas iniciativas de educação e cultura que a Fundação desenvolve desde a sua criação, em 1987. “Receber esse reconhecimento pelos mais de 30 anos de trabalho é um orgulho e também um incentivo. Em um momento do país no qual nós vemos iniciativas relacionadas à memória serem negligenciadas, esse prêmio nos impulsiona a manter o bom trabalho e nos dá a responsabilidade de ir mais longe”, afirmou Mônica.

A Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho é responsável pela gestão de oito espaços culturais no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraíba, além de gerir o patrocínio de projetos culturais e educacionais, editar livros, promover exposições e realizar eventos de cinema, música, dança e teatro.

Antônio Varejão, diretor de Geração da Eletrobras e representante do presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, na solenidade do Prêmio Mario Bhering, avaliou a importância da preservação do conhecimento para o setor elétrico. “Quando a gente fala em memória, estamos falando em preservar o conhecimento, que é o ativo mais importante de uma empresa. É preservando e compartilhando o conhecimento que possibilitamos às empresas fazerem melhores investimentos e aumentarem a produtividade”, analisou o engenheiro, que destacou também a importância da história na construção do conhecimento compartilhado. “Só é possível não cair no erro de reinventar a roda se nós conhecermos e aprendermos com o passado”, declarou.

Na categoria individual do Prêmio, Antônio Salmito e Heitor Gonçalves, que foi representado na cerimônia por sua filha, Peggy Gonçalves, foram homenageados por suas doações de acervo ao Arquivo Pessoal John Cotrim, mantido pela Memória da Eletricidade. Cotrim foi um dos principais dirigentes do setor elétrico brasileiro, tendo contribuído com a criação e a consolidação de três das maiores empresas de eletricidade do país: Cemig, Eletrobras Furnas e Itaipu Binacional. O Arquivo Pessoal de John Cotrim conta com mais de 200 fotografias, além de grande acervo textual, que documentam a trajetória profissional do engenheiro e, consequentemente, das empresas e projetos que atuou. A salvaguarda desse material preserva a história do desenvolvimento econômico, científico e social do Brasil.

Mario Bhering, falecido fundador da Memória da Eletricidade e engenheiro de destaque no setor elétrico brasileiro, foi representado por sua filha, Cecília Bhering, na última homenagem da noite. “O setor elétrico, nesse ponto, dá um exemplo aos outros setores ao manter uma instituição preocupada em explicar o progresso e a industrialização do Brasil, tendo o nosso país tanta dificuldade em reconhecer a importância da gestão do conhecimento, da cultura e da manutenção dos museus e acervos”, afirmou Cecília, ao receber a homenagem ao pai, que dá nome ao Prêmio.

O Prêmio Mario Bhering de Preservação de Memória foi aberto com a apresentação da Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca, um projeto do Programa Orquestra nas Escolas, da Secretaria Municipal de Educação. A Orquestra reúne as 280 crianças e jovens mais experientes de grupo de mais de 35 mil alunos do Programa.

Na foto aparecem Marco Andrade e Mônica Botelho, da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho; Augusto Rodrigues, Cecília Bhering, Antônio Varejão, Antônio Salmito, Peggy Mendes Gonçalves e Marcos lima.

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