Setor de Aquecimento Solar Térmico cresceu 7,3% em 2020
O uso de energias renováveis tem ganhado destaque no Brasil e no mundo. Mesmo diante da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, o setor de Aquecimento Solar Térmico fechou 2020 com um aumento de 7,3% em relação ao ano de 2019. Na comparação com o ano anterior, o volume de produção de coletores solares térmicos somou 1,42 milhão de m². No caso dos reservatórios o aumento foi mais discreto, na ordem de 0,8%.
Na comparação entre 2018 e 2019, o aumento havia sido de 5,6%, o que demonstra uma tendência positiva do setor. Os dados constam da Pesquisa de Produção e Vendas de Sistemas de Aquecimento Solar 2021, elaborada pela ABRASOL (Associação Brasileira de Energia Solar Térmica).
O relatório é um importante documento para o setor, por servir de base para a discussão de políticas públicas entre a Associação e os governos. Nela são apresentados o comportamento do mercado quanto a vendas regionais por segmento e as expectativas para o ano de 2021.
A exemplo de 2019, a região Sudeste concentra o maior percentual de vendas, com 55%. Esse percentual, no entanto, é 10% menor que o registrado no ano passado, mostrando um aumento na pulverização das instalações no País. Na sequência aparecem as regiões Sul (19%), Centro-Oeste (13%), Nordeste (8%) e Norte (5%).
O segmento residencial continua sendo o líder de vendas (70%), seguido do comercial (16%), projetos sociais (6%), industrial (5%) e serviços (3%). O presidente da ABRASOL, Oscar de Mattos, explica que a expectativa para 2021 permanece bastante positiva, apesar do ano de incertezas. “A pesquisa aponta expectativa de crescimento da ordem de 6% a 10%. São números que demonstram a confiança da indústria no trabalho que vem sendo feito para fomentar o uso do aquecimento solar de água. O país precisa diversificar sua matriz energética e garantir alternativas sustentáveis.”