Disjuntores, para que servem?
Evitar que acidentes elétricos aconteçam, levando proteção contra danos aos estabelecimentos e à vida: este é o principal objetivo dos disjuntores. Quando a corrente é excessiva, os sistemas de fiação podem sobreaquecer, causando curtos-circuitos, incêndios ou até explosões. E é aí que estes produtos entram em ação, cortando a passagem de energia elétrica nas instalações.
De acordo com o guia prático Be-a-Bá da Elétrica, literatura presente em 180 países, os disjuntores são utilizados para proteger contra efeitos de sobrecargas e curtos-circuitos, cabos e condutores que compõem uma rede de distribuição de energia elétrica. Desta forma, também assumem a proteção contra tensões de contato perigosas originadas por defeitos de isolamento, conforme a norma NBR 5410.
Existem diferentes disjuntores para cada tipo de aplicação. Em uma residência é utilizado um tipo diferente de disjuntor do que nas indústrias, por exemplo. Contudo, em linhas gerais e seguindo o seu princípio de funcionamento, os disjuntores são termomagnéticos, o que significa que contam com duas proteções: térmica e magnética. A proteção térmica possui um sistema que desarma correntes por longos períodos e com aplicação diante de sobrecargas moderadas. Já a proteção magnética serve para picos de correntes maiores, com um desarmamento quando acontecem correntes elevadas em um curto espaço de tempo.
Eles são classificados com base na quantidade de corrente que pode ser transportada com segurança pelo circuito protegido por ele. Dentro dessa classificação, também são caracterizados por vários outros parâmetros ou recursos operacionais. Isso inclui o mecanismo que opera o disjuntor e o tipo de recursos de reinicialização.
A primeira subdivisão diz respeito às fases que eles suportam, sendo monofásico (unipolar, uma fase, 127v e 220v), bifásico (bipolar, duas fases, 220v – chuveiros) e trifásico (tripolar, três fases, 220v – aparelhos elétricos).
Os disjuntores termomagnéticos também se dividem em três tipos de curvas de disparo ou desarme, comumente classificados com as letras B, C e D. Confira:
B
Para proteção de circuitos que alimentam cargas com características predominantemente resistivas, com aplicação em lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras, e aquecedores elétricos, além dos circuitos de tomadas de uso geral;
C
Para proteção de circuitos que alimentam especificamente cargas de natureza indutiva que apresentam picos de corrente no momento de ligação, com aplicação em forno micro-ondas, ar-condicionado, motores para bombas, além de circuitos com cargas e características semelhantes a essas;
D
Para proteção de circuitos que alimentam cargas altamente indutivas e que apresentam elevados picos de corrente no momento de ligação, com aplicação em grandes motores, transformadores, além de circuitos com cargas de características semelhantes a essas.
“Para cada instalação existe um disjuntor apropriado. Um disjuntor elétrico mal dimensionado pode trazer incômodos ou até riscos mais graves. Um produto subdimensionado ficará caindo toda hora. Já um superdimensionado pode esconder um superaquecimento nos fios e desligar somente após a queima deles, levando a um possível incêndio. Por isso, para uma escolha segura, o indicado é contar com um especialista na área”, explica Fábio Amaral, diretor da Engerey, empresa que há 18 anos é especializada na montagem de painéis elétricos.
Amaral lembra ainda que no Brasil todos os disjuntores devem apresentar o selo do INMETRO. Outro fator importante é avaliar o histórico dos fabricantes na área elétrica e verificar se passaram pelos testes de qualidade recomendados.