IFC/COBRECOM fornece dicas para a escolha e instalação do chuveiro

O chuveiro elétrico é um dos aparelhos que está presente em grande parte dos imóveis residenciais. E nos dias frios, principalmente do inverno, nada mais aconchegante e relaxante do que tomar um banho bem quentinho.

Porém, quando o chuveiro elétrico é um pouco mais antigo e não proporciona aquele banho confortável, as pessoas não pensam duas vezes em adquirir um novo aparelho.

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Mas, para escolher o modelo ideal do chuveiro elétrico e assim garantir um banho seguro e na temperatura ideal é preciso seguir alguns cuidados para não errar na hora da compra. “Entre os principais erros na hora de escolher e comprar o modelo do chuveiro elétrico estão: a rede elétrica do local não possuir potência suficiente para alimentar o modelo desejado; não observar a tensão elétrica (voltagem) do chuveiro; não instalar disjuntor adequado exclusivo para o aparelho; compartilhar o circuito do chuveiro com outras cargas do local; seção nominal dos condutores de alimentação do aparelho menor do que a necessária, entre outros”, ressalta o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da IFC/COBRECOM, uma das principais fabricantes de fios e cabos elétricos de baixa tensão do país.

De acordo com o profissional, algumas dicas importantes podem facilitar a vida dos consumidores e garantir bom uso do chuveiro elétrico.

Dica 1: Comprar chuveiro elétrico com o Selo do Inmetro

Hilton Moreno revela que quando o assunto é sobre os chuveiros elétricos, o cuidado mais importante diz respeito à compra dos modelos que tenham o selo do Inmetro, que garante a segurança e consumo eficiente de energia do produto. “Mesmo os modelos mais simples, que obedecem à norma ABNT NBR 12483 e têm selo do Inmetro, já oferecem um grau de segurança bastante aceitável”, revela o consultor técnico da IFC/COBRECOM.

Além disso, também são disponibilizados no mercado chuveiros com proteção aumentada em relação ao choque elétrico (modelos com resistência blindada), que apesar de mais caros, apresentam um risco muito diminuído de perigo para os usuários.

Dica 2: De olho na tensão elétrica do chuveiro elétrico

Outro ponto importante é adquirir o chuveiro na tensão elétrica (“voltagem”) correta, que seja a mesma do local onde ele será utilizado. Há locais no Brasil cuja tensão para utilização do chuveiro pode ser igual a 127 volts (popularmente conhecido como “110”), e outros onde ela é 220 volts. “Se a “voltagem” (tensão elétrica) do chuveiro for maior (por exemplo, 220 volts) do que a tensão disponível no ponto de instalação (por exemplo, 127 volts), ele irá aquecer bem menos do que o esperado; se a tensão do chuveiro for menor (127 volts) do que a da instalação (220 volts), a resistência elétrica do chuveiro vai queimar”, esclarece Hilton Moreno.

Dica 3: Potência do modelo

“Com relação à potência elétrica do chuveiro, é fundamental entender que, quanto maior a potência, maior o consumo, ou seja, maior o gasto no final do mês com a conta de energia. Por outro lado, quanto menor a potência, menor o aquecimento da água. Assim, em regiões onde geralmente a temperatura ambiente é relativamente alta durante o ano, um chuveiro elétrico na faixa de 5.000 watts pode ser suficiente, enquanto em regiões mais frias, potências da ordem de 6.500 watts resultariam em banhos mais agradáveis”, declara Hilton Moreno.

O consultor técnico da IFC/COBRECOM ainda opina que é bastante útil escolher chuveiros elétricos que tenham uma boa regulagem de temperatura, permitindo assim que o usuário gaste energia apenas o suficiente para obter um banho confortável. Há chuveiros no mercado com regulagens mais simples, como apenas “inverno-verão”, e outros com controles digitais que permitem colocar exatamente a temperatura desejada.

Dica 4: Avaliação do circuito elétrico

Antes de instalar um novo chuveiro elétrico é fundamental que seja feita uma avaliação do circuito elétrico na qual está instalado o modelo atual, sendo que a tarefa deve ser realizada por um eletricista ou outro profissional qualificado para fazer essa verificação. “No primeiro momento devem ser verificados a seção nominal dos fios e cabos elétricos instalados e quantos ampères possuem os disjuntores e/ou fusíveis que protegem o circuito e estão instalados no quadro de distribuição”, diz Moreno.

Ele ainda revela que é possível trocar o chuveiro elétrico por um outro modelo mais potente desde que o disjuntor e os cabos elétricos instalados sejam adequados ao novo aparelho.

Caso contrário, o disjuntor desarmará constantemente o circuito elétrico por causa de a corrente elétrica ser maior que a capacidade do dispositivo de proteção. Além disso, poderá ocorrer um aquecimento na instalação elétrica e consequentemente um curto-circuito. “Se a seção nominal dos condutores da instalação elétrica for menor do que o necessário conforme calculado pela NBR 5410, os cabos podem entrar em sobrecarga durante o funcionamento do chuveiro e, no caso de falha do disjuntor, a fiação poderá pegar fogo. Mesmo que isso não aconteça, a sobrecarga nos cabos causa um aumento desnecessário na conta de luz”, declara o consultor técnico da IFC/COBRECOM.

Dica 5: Dimensionamento da instalação elétrica do circuito elétrico do chuveiro

Principalmente nos casos em que a instalação elétrica é mais antiga e o consumidor quer adquirir um chuveiro elétrico mais moderno e com potência maior que o modelo que ele possui atualmente, será preciso realizar a troca dos cabos elétricos e do disjuntor, sendo que esse serviço deve ser feito por profissionais habilitados, como o engenheiro eletricista, para dimensionar o circuito elétrico e o eletricista para fazer a instalação. “Em relação à instalação elétrica que irá alimentar o chuveiro, ela deve possuir capacidade suficiente para suportar a grande carga que o produto solicita da rede. Além disso, o circuito elétrico que leva a fiação do quadro de luz até o chuveiro deve possuir um disjuntor instalado no quadro de luz com corrente nominal (“amperagem”) igual à corrente especificada pelo fabricante do chuveiro e que está no manual de instalação do produto”, explana Hilton Moreno.

O profissional ainda lembra que devem ser seguidas as prescrições da norma NBR 5410 relativas ao dimensionamento do circuito por capacidade de corrente, queda de tensão, sobrecarga e curto-circuito, sempre lembrando que, de acordo com a norma em questão, a seção nominal do circuito de chuveiro nunca poderá ser menor do que 2,5 mm2. Em geral, a seção nominal dos cabos para circuitos de chuveiro é de 4 ou 6 mm2, embora já existam aparelhos no mercado que podem requerer até seções de 10 mm2.

Dica 6: Cabos elétricos indicados para os circuitos do chuveiro elétrico

Segundo a NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), desde 2004 é proibida a ligação de chuveiros elétricos com cabos paralelos ou trançados 300 V e cabos PP 500 V. “Os cabos adequados para a instalação de chuveiros elétricos são os condutores isolados 450/750 V como o Fio Plasticom, o Cabo Flexicom ou o Cabo Superatox, além dos cabos 0,6/1 kV como o Cabo GTEPROM ou o Superatox, todos da COBRECOM”, exemplifica Moreno.

Dica 7: Circuito exclusivo é obrigatório

O chuveiro elétrico deve obrigatoriamente ser alimentado por um circuito exclusivo, que possua disjuntor com corrente nominal especificada pelo fabricante, dispositivo DR de, no máximo, 30 miliampères e com ligação do seu condutor de proteção à instalação elétrica, exceto se for chuveiro com “resistência blindada”.

“Uma informação muito importante é sobre a proibição explícita feita pela NBR 5410 da utilização de tomadas de corrente para ligação do chuveiro. Somente é permitido ligar um chuveiro à fiação da instalação por meio de ligação direta (fios emendados e cobertos por fita isolante) ou por meio de conectores apropriados, principalmente os dos tipos “a mola” ou torção”, ressalta o consultor técnico da IFC/COBRECOM.

Dica 8: DR também é fundamental

A falta desse componente obrigatório nos circuitos dos cômodos molhados como cozinhas, lavanderias e banheiros, afeta a segurança de quem utilizará o chuveiro elétrico, pois o DR protege as pessoas contra os choques elétricos.

Dica 9: Atenção ao ligar os cabos elétricos do chuveiro aos da instalação

Hilton Moreno explica que não há polaridade no chuveiro elétrico em relação aos condutores de fase e neutro (se for o caso), ou seja, tanto faz qual fio fase (ou neutro) do chuveiro é ligado com o fase (ou neutro) da instalação. “No entanto, nunca pode haver a ligação do condutor de proteção (“fio terra”) do chuveiro com um fio fase (ou neutro) da instalação. A consequência dessa ligação errada seria energizar a carcaça do chuveiro e a água que passa por ele, provocando choques elétricos nos usuários que, sob certas condições, podem ser fatais”, alerta Moreno.

Dica 10: Não ligar os condutores de proteção (‘fio terra’) do chuveiro ao da instalação é erro grave

Além de obrigatória, a ligação do condutor de proteção dos chuveiros mais comuns ao condutor de proteção da instalação é importante para a proteção das pessoas que utilizarão o chuveiro elétrico, já que o fio terra, sempre que ocorre uma falha ou defeito em um sistema elétrico, desviará a eletricidade para a terra. “No caso do uso de chuveiro com resistência blindada, devido à sua característica interna de montagem, o produto não deve ter ligação ao condutor de proteção da instalação, uma vez que ele nem sequer é fornecido com o “fio terra” para essa ligação”, conclui Hilton Moreno.

3 thoughts on “IFC/COBRECOM fornece dicas para a escolha e instalação do chuveiro

  • abril 5, 2024 em 6:57 am
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    Chuveiros elétricos ainda são um grande “mistério” em todos os cantos do país na hora de fazer a ligação. Por isso para realizar a ligação, deve ser consultado um profissional da área de elétrica.
    Muito boa explanação.

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  • agosto 1, 2022 em 9:45 am
    Permalink

    O chuveiro elétrico sem dúvidas o maior consumidor de energia elétrica. Observamos durante inspeções realizadas em apartamentos não conformidades como o aumento da potência sem uma análise prévia bem como a simples troca do disjuntor com capacidade maior devido a constante desarmes por sobrecarga é aí que mora o perigo!

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