Tecnologia pode auxiliar a enfrentar crise energética

O aquecedor solar de água, cuja tecnologia é totalmente nacional, pode ajudar o Brasil a evitar blecautes, diminuindo o consumo de eletricidade no horário de ponta. O equipamento gera energia térmica durante o dia e a armazena para ser consumida à noite, funcionando como uma bateria. Proporciona banhos quentes mesmo quando ocorrem apagões, ao contrário de qualquer tipo de aquecimento gerado a partir da rede elétrica.

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Ampliar o uso dos aquecedores solares neste momento seria uma contribuição relevante ao Brasil, reduzindo o consumo nacional de eletricidade nos horários de ponta, e para as famílias, que teriam grande economia nas contas de luz, salienta Oscar de Mattos, presidente da Abrasol (Associação Brasileira de Energia Solar Térmica). Os equipamentos são cerca de quatro vezes mais eficientes do que os painéis fotovoltaicos para o aquecimento de água e atendem a aplicações residenciais de baixa até alta renda, comerciais, industriais e serviços.

O aquecedor solar de água é a alternativa mais eficaz para substituir os chuveiros elétricos, que sobrecarregam muito o sistema no horário de ponta (entre 17 e 21 horas), representando mais de 7% de toda a eletricidade gasta no País e cerca de 37% da residencial, segundo dados do Balanço Energético Nacional da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2021) e Pesquisa de Posse de Hábitos de Uso e Consumo (Eletrobrás, 2019). O equipamento está presente no Brasil há mais de 40 anos e sua tecnologia e matérias-primas são 100% nacional, gerando empregos apenas no País.

“A produção do nosso setor em 2020 foi de 992 MW, maior que uma turbina de Itaipu, que é de 700 MW. A produção acumulada de energia dos aquecedores solares de água instalados no Brasil é de aproximadamente 13,5GW, o que equivale a quase toda uma usina de Itaipu, que é de 14GW”, salienta o presidente da Abrasol.

“Nosso parque fabril está preparado para atender a demandas elevadas, garantindo o fornecimento a todos os que quiserem comprar um aquecedor solar de água para reduzir suas contas de luz e ajudar o País a enfrentar a crise energética”, afirma Oscar de Mattos. O setor também tem elevado potencial de gerar postos de trabalho, à medida que aumenta sua produção, o que também seria importante para o Brasil neste momento de grave desemprego.

4 thoughts on “Tecnologia pode auxiliar a enfrentar crise energética

    • novembro 22, 2021 em 5:00 pm
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      Muito obrigado, Paulo!

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  • novembro 19, 2021 em 10:58 am
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    É por isso que nos Governos anteriores ao atual as casas financiadas pelo Minha Casa Minha Vida, muitas tinham o aquecedor solar já na origem. Exatamente como a racionalidade manda. Pessoas que realmente precisam de custos menores de vida e inteligentemente reduzindo a carga no Setor Eletrico, especialmente a demanda de ponta. Agora água vertendo pelo vertediuro em algumas usinas e as térmicas contratadas a peso de ouro queimando combustíveis fósseis. Realmente para esse País voltar a ter um pouco de seriedade é preciso que em todos os espaços nos manifestamos ou não vai mudar nada!

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  • novembro 19, 2021 em 10:01 am
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    A natureza na sua prodigalidade nos fornece várias alternativas para se utilizar fontes primárias amigáveis ambientalmente. Dentre elas podemos relacionar: As energia das ondas e das mares; as oriundas das biomassas; a própria energia nuclear que o mundo faz intensas pesquisas sobre fusão de núcleo, muito embora há um problema sério por resolver que é o armazenagem dos rejeitos radiativos; as praticamente já consolidadas eólica e geração fotovoltaica, cujas inovações possuem uma volúpia animadora etc. Sem dúvida, o grande vilão do consumo residencial é o famigerado chuveiro elétrico, sobretudo, no horário de ponta para o sistema elétrico, onde consumir energia tem um custo 4 vezes maior. Portanto, a disseminação do aquecedor solar mereceria um estudo sobre incentivo dado pelos governos. Hoje, nenhuma empresa de porte médio em diante não pode prescindir da implantação de um departamento para cuidar do ESG ( Meio ambiente, responsabilidade social e governança). A sigla está em inglês.

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